A geração de uma vida e o cigarro
O Diário - 23 de abril de 2022

A geração de uma vida e o cigarro
Compartilhar
Na busca pela preservação da saúde materno-fetal têm-se destacado a necessidade do estudo ao redor da ocorrência simultânea do fumo e da gestação e quais são as consequências deste ato. As mínimas exposições à fumaça do cigarro e o tabaco podem acarretar prejuízos, como a concepção de recém nascidos com baixo peso, mesmo quando esse fumo é considerado passivo (exposição à fumo de terceiros, principalmente na mesma residência). Já o tabagismo ativo é precursor de diversos sérios riscos, incluindo um risco aumentado de aborto espontâneo, gestação ectópica (gravidez nas trompas), complicações no parto, nascimento prematuro e morte inesperada durante a infância. Mulheres fumantes também costumam ter menor produção de leite quando comparadas à mulheres não fumantes. O interrompimento desse hábito durante os nove meses da gestação é imprescindível para a geração de uma nova vida, e até residentes de uma mesma casa devem ser encorajados à interrupção por uma maior segurança. Além disso, ainda não são bem estabelecidos todos os efeitos de químicos utilizados na formulação do cigarro à longo prazo, que podem estar associados à um maior risco de alcoolismo, vício em drogas ilícitas e violência contra à mulher, mesmo quando a exposição é intra-útero na vida adulta daquele futuro bebê. Um cuidado extremamente atento da mãe aos próprios cuidados e hábitos é um divisor de águas para as possíveis doenças que podem ser desenvolvidas, possíveis características de personalidade e humor daquela vida. São necessários esforços da saúde pública juntamente com a população para assegurar a vida dessas mães e desses bebês.