As palavras e o destino
O Diário - 28 de setembro de 2024
EVARISTO ANANIA DE PAULA Advogado. Promotor de Justiça Aposentado
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São várias as concepções sobre o entendimento do que se trata o destino, e elas vão desde o indicativo de rumo, ou fim de determinada ação, até mesmo sobre eventos do futuro, se existe, ou não, dependendo de conceitos filosóficos, místicos e religiosos.
O Cristianismo, por exemplo, entende que ele não existe, mas sim a vontade do Criador controlando e determinando os acontecimentos, em que pese nossos discernimentos.
A grande verdade, no entanto, é que as palavras, enquanto as proferimos ou escrevemos, servem para cumprir destinos, metas ou objetivos.
De fato, na conformidade em que nos expressamos, estamos emitindo um juízo de valor que pode, ou não ser correto ou verdadeiro, porém suas consequências podem ser maléficas e aí sim, estaremos influindo no chamado destino ou conduta de muita gente.
No momento político pelo qual estamos passando, as palavras mal ditas ou mesmo irresponsáveis podem mudar o destino de uma comunidade toda e é por isso mesmo que temos que ter muito cuidado no que ouvimos e/ou lemos mesmo porque poderemos estar sendo induzidos a erro incomensurável e de difícil ou impossível reparo.
Por isso mesmo que deveremos avaliar muito bem os atores em cena, enquanto candidatos, especialmente aos de cargo majoritário (prefeito) e suas palavras ou promessas, isto porque se errarmos estaremos cumprindo um destino ao qual não estávamos sendo direcionados.
Encerro, recordando-me de fatos da juventude e ouso indagar, qual das condutas abaixo vocês entendem como sendo a pior delas? A) Passar cerol na linha de pipa? B) Colocar bombinha no rabo de gato? C) Cantar música sertaneja no Rock in Rio? D) Ser induzido a votar errado no próximo prefeito de Barretos? Acerte e mude cerca de 130 mil destinos.
EVARISTO ANANIA DE PAULA
Advogado. Promotor de Justiça aposentado