307.519 processos de divórcios encerrados e concedidos, em primeira instância, no país em 2019. Os dados de 2017 indicam 298.676, avançando para 309.242 em 2018. Os dados de 2020 e de 2021 - em pleno reinado da Covid-19 e todos seus regimes impostos pelas restrições sanitárias da pandemia - não foram divulgados.

A fundação Seade disponibilizou números de 2021, em Barretos, envolvendo casamentos. Entre janeiro e agosto, foram 406 de pessoas de sexos diferentes e 8 casamentos de pessoas do mesmo sexo. Os dados para o Estado de São Paulo apontam 132.059 casamentos entre pessoas de sexos diferentes e 2.346 entre pessoas do mesmo sexo.

As estatísticas locais e gerais sobre casamentos e divórcios não estão concluídos, mas apontam que há efetivo efeito no afeto, também no caso barretense, como resultante da pandemia. Números anteriores aos danos da Covid-19 e os novos rumos pós- vacinação em massa tendem a promover reflexão mais clara dos cenários transformadores nas famílias, nos lares, na sociedade. Em sua recente circular pastoral, dom Milton Kenan afirmou: "não são poucos os casais que hoje coabitam sem o sacramento do matrimônio, ou também os casais em segunda união, depois de várias "tentativas" fracassadas, como o crescente número de divórcios entre casais de pequeno tempo de vida conjugal".

Eis um momento para refletir sobre os impactos sociais, econômicos e culturais na esfera dos relacionamentos humanos. Até em função das perdas, das mortes, dos novos relacionamentos e separações. Sentir o momento, o enfoque das emoções, pesos de ódio, alegria, raiva, tristeza, júbilo, inveja, ciúme, rancor, medo, tensão. Mesmo sem números finais, a certeza que a emoção na pandemia - não há quem negue - aprofundou mudanças e conceitos, inclusive em Barretos.