Esqueci minha senha
Como ficam os jovens?

O Diário - 29 de setembro de 2024

Como ficam os jovens?

Rosa Carneiro é empresária e presidente da Academia Barretense de Cultura

Compartilhar


As atuais conquistas pretendem tornar a vida mais fácil, bonita e  confortável. Elas oferecem ao homem objetos tentadores e ao mesmo tempo, perigosos. O ambiente geral da vida moderna, nem sempre é um bom modelo de educação. Muitas vezes ele é sedutor e sobretudo ameaça a juventude, que é a fase mais importante para a formação da personalidade. Em virtude disso, inúmeros jovens se rebelam contra aqueles que desejam vê-los cidadãos capazes e ordeiros e criam sérios obstáculos à sua perfeita integração social.

Se por um lado nem sempre se deve censurar essa rebeldia, por outro incumbe a todos a providência de tudo fazer, na consolidação do caráter dos jovens ameaçados da influência nociva de toda espécie, de modo que possam adquirir uma sadia e feliz formação, tornando-se elementos úteis a comunidade.

Eis a grande tarefa das famílias, escola e entidades sociais: oferecer aos jovens sólidos conhecimentos formativos, sociais, religiosos, sob pontos de vista atuais que lhes asseguram um futuro melhor, na alteza dos tempos presentes, tão calamitosos para a formação juvenil. Olhemos ao redor e observemos quantas vítimas dos vícios, drogas, bebida, namoro e gestação precoces, casamentos incertos, incultura e tudo de negativo espalhado por aí que nos leva à certeza de que os jovens não creem na sua juventude. Não há ideal, nem responsabilidade, muito menos entusiasmo por causas mais belas e edificantes. Será culpa deles? Não, mil vezes não. Em uma boa análise da situação, vê-se que os jovens por si mesmos estão impotentes para conhecer a sua dignidade, pois se encontram abandonados a si próprios. Quem cuida deles e de sua formação? Muito pouco os pais, as escolas, a sociedade, os padres, os clubes.  Em geral lhes faltam interesse e competência, e no caso dos pais, o tempo necessário. E aí estão eles, desamparados e sozinhos no caminho da difícil estrada da vida, cheia de lutas, incertezas e tentações.

Todo adulto já passou pela difícil fase da adolescência e se lembra dos percalços vividos. A falta de experiência, diálogo com os pais rígidos e ou professores enérgicos repercutiu no desenvolvimento ideal, com traumas e problemas por uma vida inteira. Muitas vezes, culpa-se a escola pela má educação. Ela não é a responsável total pela educação que tem que ir além da sala de aula para maiores horizontes do educando. Os bens materiais não resolvem a rebeldia ou falta de interesse do indivíduo pelo estudo. É necessário que a família professe uma fé religiosa, tenha harmonia no lar e dê  atenção a tudo que é de interesse para o jovem e o oriente para a vida.

Com o passar do tempo, percebe-se que a falta de um regime educacional sério e abrangente para a adesão da família, escola e sociedade, deixa a desejar no desenvolvimento dos adolescentes. Faz-se necessário que todos os responsáveis se unam para fazer mais em prol dos jovens que deverão ser cidadãos competentes e felizes amanhã e sempre. 

Rosa Carneiro é empresária e presidente da Academia Barretense de Cultura