Coordenador do SAMU faz balanço do serviço e destaca desafios no atendimento
luis.nascimento - 23 de novembro de 2024
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O médico Guilherme Spina da Rocha, coordenador do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Regional de Barretos, fez um balanço do atendimento que é prestado a população não só de Barretos, mas também a de outros 9 municípios da região entre eles, Guaíra, Colômbia, Colina, Jaborandi, Olímpia, Severínia, Cajobi, Altair e Guaraci.
Ele confirmou que o atendimento no telefone 192 em Barretos, recebe uma média de 1.800 a 2 mil ligações mensais, sendo que no mês passado foram quase 1.900 atendimentos.
“Nesse ano nós temos uma média de 1.800 a 2 mil ligações por mês, então até o mês de outubro nós tivemos 19 mil ligações. As pessoas as vezes acham, que a gente demora para atender, demora para receber essa ligação, mas tem que lembrar que nós atendemos 10 cidades. Então ao todo nós atendemos uma população de mais de 350 mil pessoas, é muita gente falando com a gente, muitas vezes em horário de pico, que é mais crítico para nós. Por exemplo, no mês de outubro foram quase 1.900 ligações. Só de transferências da UPA para a Santa Casa foram 293 transferências, ou seja, uma média de 10 transferências por dia. Isso aí quase que ocupa uma ambulância de um plantão. Então isso acaba as vezes prejudicando o nosso tempo resposta, e muitas vezes por coisas que não tem necessidade. As ocorrências de rua, em média a gente atende em torno de 20 até 40 ocorrências dia, dependendo do plantão. São quatro ambulâncias durante o dia e três de noite, é um trabalho árduo que a gente não para. São 24 horas por dia, 7 dias por semana, não importa se é feriado, se tá chovendo, a gente chega. Nós estamos aqui para fazer o melhor atendimento possível para toda a população de Barretos e região”, confirmou.
Guilherme Rocha informou que entre as ocorrências mais atendidas pelo SAMU, estão casos clínicos e também os de trauma por acidente de trânsito. “Atendemos um pouco de tudo, bastante casos clínicos, bastante trauma, bastante acidente. Nós temos também o apoio do Corpo de Bombeiros nesses atendimentos, que nos ajuda muito, a desafogar um pouco nosso serviço. Temos as transferências, atendimentos pediátricos, de mulheres gestantes, idosos, temos um pouco de tudo. Mas a maioria são atendimentos clínicos, infarto, AVC, dores e traumas”, disse.
O médico explicou que entre as principais dificuldades enfrentadas pelas equipes durante os atendimentos está o trânsito, solicitações para casos que não são de competência do SAMU além de trotes. “ Podemos colocar muitas vezes o trânsito, que na maioria das vezes acontece de ser sempre em horário de pico. Horário de saída do trabalho, chegada do trabalho, horário de saída para o almoço, que muitas vezes tem um fluxo maior de carro, e isso acaba nos atrapalhando. Pessoas que acabam solicitando ambulâncias para coisas que não são do SAMU. Sem contar os trotes que também acontecem. A pessoa tanto liga sem existir a ocorrência, como também passa muitas vezes, o caso como sendo muito grave do que realmente é. A gente destina uma ambulância para fazer esse atendimento, imaginando ser um caso muito grave. E quando chegamos lá não é tão grave quanto foi passado. E a gente em alguns momentos deixa de atender um paciente que teria mais necessidade naquele momento”, ressaltou.
O coordenador orienta para que as pessoas procurem tomar conhecimento sobre o que é o trabalho do SAMU. “Buscar sempre o conhecimento, hoje a internet é muito abrangente, procurar saber o que é o SAMU, para que serve. Sempre que tiver alguma coisa procurar orientação, inclusive nos postinhos de saúde também. A gente pode procurar uma UBS, a gente pode procurar algo mais próximo de casa, e também buscar ajuda com pessoas próximas. E sempre no final de tudo isso procurar o atendimento médico. Pode nos ligar aqui, pedindo também informações e orientações. Estamos aqui para orientar a população e ajudar quando for preciso”, disse.
Dr. Guilherme revelou que o SAMU de Barretos, atualmente conta o trabalho de 50 a 60 profissionais e quatro ambulâncias. “ Nós somos em torno de 50 a 60 funcionários e temos quatro ambulâncias, que rodam durante o dia, e no período noturno nós temos três ambulâncias. Em relação ao número de ambulâncias temos buscado alternativa para poder melhorar, mas infelizmente estamos aguardando um momento que existe de tempos em tempos através do Ministério da Saúde, de fazer a troca de frota. Enfim nós estamos buscando alternativa. Já conversamos uma vez, vamos voltar a conversar com o novo prefeito, para que ele possa buscar recursos e possa conseguir novas ambulâncias e material de trabalho adequado e bom, para que a gente possa fazer esse atendimento a população”, concluiu.