Na homilia deste domingo (08/09), aliás muito bem explanada, foi dito e esclarecido, especialmente a mim, uma expressão que inicialmente vi-a com muita ênfase nas igrejas evangélicas, haja vista os inúmeros veículos adesivados com ela. No entanto, nos últimos tempos tenho percebido que vem ganhando força e expressividade também na seara católica. 

No princípio não concordava muito com o “DEUS É FIEL” pois em minha interpretação entendia que deveria ser ao contrário, ou seja, nós é que deveríamos ser fieis a Deus.

De fato, se formos analisar desde os primórdios da criação do mundo e sua evolução, nós que somos crentes a um Ser supremo e detentor do poder criador, deveríamos sempre louvá-lo e bendizê-lo, especialmente pelo dom da vida, sob todos os seus prismas.

No entanto, o que ouvi e assimilei é o fato do que levou o Criador a este processo evolutivo e permanente da natureza, que não ao seu extremo ato de amor e bondade.

Daí porque devemos entender essa fidelidade, não no seu linguajar e compreensão que comumente estamos acostumados a ouvir e mesmo transmitir, mas sim em algo que extravasa e se sublima no ato mais extremo do Criador – qual seja sua fidelidade é tanta conosco, que nos deu e nos proporcionou a oportunidade de tê-la e o mais importante, também podê-la transmitir – a VIDA.  

Ouvi e meditei muito em outra passagem bíblica dominical – “criais ânimo, não tenhais medo!” (Mt 11,2-11), ou seja, não devemos ter medo de acreditar em Deus criador e provedor, dar graças pelo dom da vida e sua capacidade de nos amparar em nossas dificuldades e malefícios, de sempre ter animo para poder enfrentar todos os percalços que a vida possa nos apresentar.

EVARISTO ANANIA DE PAULA

Advogado. Promotor de Justiça aposentado