O sábado é o dia dedicado ao repouso e ao culto semanal entre os judeus. O mandamento do repouso no sétimo dia – de origem pré-mosaica – foi uma conquista. Está ligado também ao ritmo sagrado da semana e da lua. As motivações principais são duas: repouso, sobretudo dos escravos (Ex 23,12; Dt 5,14-15) e imitação de Deus, que descansou depois do trabalho da criação (Gn 2,2ss; Ex 20,11,31,17).

A legislação do sábado foi se tornando cada vez mais minuciosa e cheia de proibições: proibição de preparar alimentos, acender o fogo, catar lenha, colher frutos, ajudar um animal ou uma pessoa em perigo, carregar pesos, caminhar mais de 1.250 metros (Mt 12,2.11; Jo 5,10; At 1,12), desatar um nó ou escrever mais de uma letra do alfabeto!

Jesus respeitava o sábado (Mt 1,21; Lc 4,16), mas criticava duramente o formalismo dos doutores da Lei, não só com palavras (Mt 12,12), mas também com seu comportamento (cf. Mc 3,2-5; Lc 3,2-5; Lc 3,10-16; Jo 5,8ss;9,14).

Restabelecia assim, a finalidade autêntica do sábado (Mc 2,27ss) e mostrava o seu significado, evocando o Pai, que age sem interrupção, dando a vida (Jo 5,16ss). Os discípulos de Jesus, no início, continuaram a observar o sábado (Mt 28,1; Jo 19,42), utilizando-o para anunciar o Evangelho (At 13,14; 16,13), mas, bem cedo, o dia seguinte ao sábado, o primeiro da semana – por causa da Ressurreição no primeiro dia da semana hebraica – tornou-se "o dia do Senhor", o domingo (Revista "O Pão Nosso de Cada Dia, n.225),