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O que Deus declara sobre o divórcio e o pecado do adultério

Diocese de Barretos - 5 de setembro de 2024

O que Deus declara sobre o divórcio e o pecado do adultério

O que Deus declara sobre o divórcio e o pecado do adultério

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O Evangelho deste 26º domingo do Tempo Comum nos apresenta o ensinamento de Jesus sobre o casamento e o divórcio. Trata-se de dois desafios adicionais às pessoas que desejam segui-lo: primeiro, viver casados e cultivar o amor conjugal, viver numa só carne a indissolubilidade do matrimônio; segundo, compreender que o divórcio deixa sequelas difíceis e põe fim à relação conjugal, não sendo para Jesus a melhor opção.

Jesus considera o ensinamento de Dt 24,1-4 uma concessão à fraqueza humana e uma dispensa do plano original do Criador para o casamento, a união entre homem e mulher. Deus uniu, mas as pessoas insistem em se separar; em outras palavras, é isso que Jesus quer dizer à comunidade que o segue.

O v. 2 começa com uma questão proposta pelos fariseus, que põem Jesus à prova: “É lícito ao marido repudiar a mulher?” Em outras palavras: divorciar-se da mulher é algo lícito? A questão diz respeito à legalidade do divórcio, não às causas que levam a ele (Mt 

19,3). Os questionadores parecem saber da proibição, por parte de Jesus, em relação à separação. Tal questão pode ter sido levantada para criar maior animosidade entre Jesus e a família de Herodes, na qual havia muitas separações. A lei era favorável ao homem, o detentor dos direitos. Contudo, para Jesus, foi por causa da dureza do coração deles que Moisés escreveu esse mandamento.

A dureza de coração é aquilo que contradiz o mandamento primeiro (v. 5). Para Jesus, é preciso voltar à criação (v. 6), na qual Deus fez a pessoa humana. Então, o homem deixará sua casa, pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne (v. 7). Para o Senhor, esse é o verdadeiro mandamento de Deus e todo o resto corresponde à ressignificação desse mandamento à luz dos interesses do homem e do endurecimento de seu coração. 

O v. 9 corresponde ao desfecho: “o que Deus uniu, o homem não separe”. Tal imperativo se transforma também em possibilidade de condicionalidade: será que de fato Deus uniu? Pois a união perfeita, o amor, só perdura quando Deus se faz presente na união desejada pelo casal: havendo a ruptura da presença divina, que une, divisões são instauradas e permitem ao fim chegar.

Já nos v. 11-12, há a resposta por parte de Jesus: “Quem se divorciar de sua mulher e casar-se com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar-se com outro, cometerá adultério”. Também o homem pode se tornar adúltero em uma sociedade que o privilegia. Para Jesus, tanto o homem quanto a mulher estão sujeitos ao pecado do adultério. O peso não recai somente sobre um deles (trechos da Revista “Vida Pastoral”, n. 359, da Paulus).