O desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego imoderado aos bens deste mundo, (felicidade) que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. "A promessa de ver a Deus ultrapassa todas as bem-aventuranças. Na Escritura, ver é possuir. Aquele que vê a Deus obteve todos os bens que podemos imaginar" (S. Gregório de Nissa).

Ao povo santo de Deus resta lutar, com a graça do alto, para alcançar os bens que Deus promete. Para possuir e contemplar a Deus, os fiéis de Cristo mortificam sua concupiscência e superam, com a graça de Deus, as seduções do gozo e do poder.

Por esse caminho da Perfeição, o Espírito e a Esposa chamam aquele que os ouve à comunhão perfeita com Deus" (Ap 22,17).

Sobre o céu, por Santo Agostinho: "Aí haverá a verdadeira glória; ninguém será então louvado por engano ou bajulação; as verdadeiras honras não serão recusadas àqueles que as merecem, nem concedidas aos indignos; aliás, nenhum indigno terá tal pretensão, pois só quem é digno será admitido. Aí reinará a verdadeira paz, onde ninguém ser sujeito à oposição nem de si mesmo nem dos outros. Da virtude, o próprio Deus será a recompensa, Ele que deu a virtude e se prometeu a si mesmo como a recompensa além da qual não pode existir nada melhor nem maior: ´Serei vosso Deus e vós sereis o meu povo` (Lv 26,12). (...) É também o sentido das palavras do Apóstolo: ´Para que Deus seja tudo em todos´ (1Cor 15,28). Ele mesmo será a meta de nossos desejos, aquele que contemplaremos sem fim, amaremos sem saciedade, louvaremos sem cansaço. Esse dom, essa afeição, essa ocupação serão certamente, comuns a todos, como a própria vida eterna" ( CIC §§ 2458-2550).