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Vigilantes e preparados para a vinda do Filho do Homem

Diocese de Barretos - 30 de novembro de 2024

Vigilantes e preparados para a vinda do Filho do Homem

Vigilantes e preparados para a vinda do Filho do Homem

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(Por: Dom Milton Kenan Jr)

Com a celebração do primeiro domingo do Advento iniciamos um novo ano litúrgico, no qual reviveremos a espera pela vinda do Cristo, seu nascimento, seu ministério, paixão, morte, a sua ressurreição e ascensão; como a vinda do Espírito Santo.

O tempo do Advento nos chama a atenção para a proximidade da vinda do Senhor. Ao mesmo tempo que revivemos a espera pelo nascimento de Jesus, somos advertidos para a necessidade de nos prepararmos para a sua volta gloriosa que se dará no final dos tempos.

Jesus nos diz que, se para os pecadores a sua chegada será motivo de terror, para os que o amam, sem o terem visto, será motivo de imensa alegria, a ponto de poderem levantar as suas cabeças, pois a sua libertação se aproxima.

Ao falar da sua volta iminente, Jesus não quer amedrontar os que o escutam; mas, ao contrário, reforçar sua esperança. Ele diz que este mundo terminará: “porque as forças do céu serão abaladas”; mas, isso não é o mais importante. O que importa é que todos verão “o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória”.

Diante desta certeza, Jesus diz que é preciso cuidar “para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida”. Quando perdemos de vista o destino do mundo e o nosso destino, corremos o risco de reduzir nossa vida ao que é passageiro, sem importância e muitas vezes capazes de nos corromper. 

Jesus diz que é preciso ficar atentos para que os nossos corações não se tornem insensíveis, o que significa indiferentes à sua palavra, mas também diante da sorte dos nossos irmãos e irmãs que perderam a razão de viver ou então vivem na necessidade do nosso auxílio.

Quando olhamos para o nosso tempo não é difícil reconhecer o quanto estamos sujeitos a este risco. Quantos se deixam corromper pelo desejo de poder, pela ânsia de lucro, e pelo fascínio do prazer. Desperdiçam a vida naquilo que não é capaz de preenchê-la de sentido e garantir-lhe a felicidade. Vivem neste mundo como se Deus não existisse; e, ao mesmo tempo, indiferentes à sorte dos que sofrem.

Jesus, porém, diz: “Ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes forças para escapar de tudo o que deve acontecer, e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. Vigilância e oração são as duas atitudes que Jesus indica para nos manter acordados e assim preparados para a sua chegada, que pode se dar quando menos o esperamos.

Nossa vigilância deve ser sempre operante: vigiamos quando amamos, quando nosso amor não se reduz a um sentimento, mas se traduz em obras; e a verdadeira oração é aquela em que nos dispomos mais a fazer a vontade de Deus do que fazer que ele cumpra a nossa.

Iniciando este novo ano litúrgico, desejo-lhes a todos um novo ano repleto de graças e cheio de boas obras. Feliz Ano Novo!