Melanoma: como identificar o mais cedo possível
O Diário - 15 de outubro de 2023

Eduardo Colatrello Silvério, estudante do 6º período do curso de Medicina da FACISB, orientado pelo prof. Bruno Augusto Álvares.
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Atualmente, o câncer de pele é o tipo de câncer mais comum em todo o mundo, sendo estes classificados como “não melanoma” e “melanoma”. O câncer de pele classificado como melanoma é de maior agressividade e alto potencial de sofrer metástase, podendo levar a morte. Esse câncer se origina da mutação dos melanócitos, células responsáveis pela produção de pigmento, presentes em toda nossa pele. Isso faz com que o melanoma possa aparecer em qualquer local de nossa pele, bem como nas mucosas.
Há inúmeros fatores que estão relacionados com o desenvolvimento do melanoma cutâneo. Embora em 10% dos casos de melanoma haja histórico familiar da doença, existe uma heterogeneidade considerável de apresentações, sugerindo que a interação de múltiplos genes com fatores ambientais, em especial a exposição solar frequente sem proteção, desempenham um papel importante no surgimento da doença.
A identificação precoce do melanoma é essencial tanto pelo médico, mas também suspeitado pelo próprio paciente. Geralmente ele se manifesta como mancha de cor acastanhada a enegrecida, assimétrica e de contornos irregulares. Para auxiliar a população na identificação de lesões suspeitas de melanoma, criou-se a “regra ABCDE”. A letra A significa ASSIMETRIA da lesão avaliada. A letra B corresponde à BORDAS irregulares. A letra C diz respeito à COR da mancha, devendo chamar atenção quando há variabilidade nos tons de marrom da lesão de pele. A letra D indica o DIÂMETRO, sinalizando para lesões maiores que 6mm. E por fim, a letra E diz sobre a EVOLUÇÃO da lesão, procurando identificar as mudanças que a lesão sofreu ao longo do tempo.
Assim, é fundamental que a população reconheça a existência deste tipo de câncer de pele, sendo possível suspeitar da doença por meio do autoexame da pele e da regra do ABCDE do melanoma. O diagnóstico precoce é fundamental para prevenção de complicações relacionadas a doença, em especial a possibilidade de metástase e mesmo a morte.
Eduardo Colatrello Silvério, estudante do 6º período do curso de Medicina da FACISB, orientado pelo prof. Bruno Augusto Álvares.