Reunindo público diversificado composto por profissionais de imprensa, influenciadores digitais e convidados de vários segmentos da comunidade foi lançada a Campanha Março Lilás. O objetivo do encontro foi fortalecer a propagação de informações sobre a doença que causa a morte de mais de 6 mil mulheres anualmente. Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é de que 17 mil novos casos de câncer de colo de útero ocorram em 2025.
No entanto, essa realidade pode ser modificada com prevenção, por meio de exames e da vacina contra o HPV, principal causador da doença. O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer é de aproximadamente 10 anos. Para o médico oncologista, dr. Júlio Possati, isso não significa que as mulheres devem aguardar tanto tempo para procurar um ginecologista. Independentemente da presença do vírus, o exame de papanicolaou deve ser realizado regularmente.
“Mulheres a partir dos 25 anos que já iniciaram a vida sexual até os 64 anos. Esse é o principal grupo que deve realizar o exame preventivo, conhecido popularmente como preventivo ou papanicolaou. O exame deve ser anual, e, após dois exames negativos consecutivos, pode ser feito a cada três anos. Caso haja alterações nos resultados, o especialista indicará os procedimentos necessários”, explicou ele.
O oncologista destaca que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas pelo HPV em algum momento da vida. A vacina HPV quadrivalente, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra essas complicações e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde para o público específico, que não teve contato com o vírus.
O Hospital de Amor está encabeçando uma grande campanha de mobilização para incentivar as mulheres a procurarem os serviços de saúde, realizarem o exame preventivo”, orienta ele.
A vacina contra o HPV é recomendada para meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade, em uma dose única. Está disponível no SUS, através das unidades básicas de saúde.
“Essa doença é totalmente prevenível. O câncer de colo do útero não precisaria mais existir, pois temos medidas eficazes de prevenção que poderiam salvar muitas mulheres”, finalizou o médico.