Conectivos
O Diário - 15 de março de 2025

Luciano Borges é Doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais
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Dicas Gramaticais
Os conectivos desempenham um papel fundamental na construção textual, pois garantem coesão e coerência, permitindo que ideias sejam encadeadas de forma lógica e fluida. Para compreender a importância desse elemento linguístico, é essencial considerar dois aspectos principais: a função dos conectivos na estruturação do texto e a diversidade de relações lógicas que eles expressam. O primeiro aspecto aborda como essas palavras ou expressões facilitam a compreensão e a progressão textual. O segundo trata das diferentes relações estabelecidas pelos conectivos, como oposição, adição e conclusão, fundamentais para a clareza e a precisão do discurso.
As palavras ou expressões conectivas são essenciais para a estruturação do texto, pois organizam ideias e evitam a desconexão entre os enunciados. Por exemplo, em um texto argumentativo, o uso adequado do termo “além disso” contribui para adicionar informações relevantes, ampliando a argumentação. Outro exemplo é o uso de “porém”, que estabelece uma relação de contraste, permitindo que o autor apresente contrapontos de maneira clara. Dessa forma, o emprego correto dos conectivos torna a leitura mais fluida e auxilia na progressão textual, garantindo que o leitor compreenda plenamente as relações entre as ideias.
O que se esconde nas sombras, é que os conectivos podem ser ordenados com o intuito de compor as diferentes partes de um texto – introdução, desenvolvimento e conclusão. Aliás, iniciar uma ideia ou fato com “conectivos de conformidade”, explorar razões fazendo o uso de “conectivos de causa”, apresentar contrapontos por intermédio de “conectivos de oposição”, acrescentar informações empregando “conectivos de adição”, indicar o objetivo por meio de “conectivos de finalidade” e, então, finalizar apresentando uma reflexão recorrendo a “conectivos de conclusão”. O que se conclui, por óbvio, é que a diversidade de relações lógicas expressas pelos conectivos constitui, sem dúvida, o fator determinante para a coesão textual.
Luciano Borges é Doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais