Ações integradas entre escolas, MP, Conselho Tutelar e sociedade fortalecem proteção em Barretos

Neste 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o Ministério Público de Barretos reforça o alerta sobre a gravidade desses crimes e a necessidade de uma atuação conjunta da sociedade.

O promotor da Infância e Juventude, Matheus Botelho Faim, lembra que a data é de reflexão, não de comemoração. “Estamos tratando de um assunto bastante delicado, que está refletindo a questão das nossas crianças. O Ministério Público possui um papel fundamental na luta contra a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes”, afirma. Segundo ele, a data também fortalece o combate e simboliza o compromisso do Estado com essa causa.

Barretos registrou, apenas em janeiro de 2025, cinco casos de estupro de vulnerável e um caso de divulgação de material envolvendo crianças. No segundo semestre de 2024, foram 26 ocorrências de estupro de vulnerável e quatro enquadradas no artigo 218 do Código Penal. O histórico também preocupa: em 2013, Barretos liderou o ranking estadual, com 65 casos.

Faim destaca que, em sua maioria, os abusos ocorrem de forma oculta, muitas vezes sem testemunhas e em ambientes familiares. “A percepção do familiar, da escola e dos órgãos de apoio é fundamental. Alterações no comportamento da criança ou adolescente podem ser um alerta importante”, explica. Ele ressalta que crianças e adolescentes podem procurar ajuda em sala de aula, com professores, familiares, Conselho Tutelar ou o próprio Ministério Público. Os crimes virtuais também são alvo de preocupação. “A pedofilia envolvendo imagens, muitas vezes compartilhadas na internet, é um crime abjeto e combatido por todo o Estado”, afirma o promotor. Dados nacionais reforçam a gravidade: uma criança ou adolescente é abusado a cada três horas no Brasil. Apesar disso, Faim vê avanços: “Hoje temos uma rede atuante. No passado, muitos casos ficavam encobertos por falta de atuação e de informação. Com o Disque 100, o acesso à internet e a possibilidade de denúncia anônima, mais vítimas têm tido coragem para denunciar.”

DENÚNCIA

Disque 100 – Central Nacional de Denúncias

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