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A perfeita comunhão

Diocese de Barretos - 15 de junho de 2025

A perfeita comunhão

A perfeita comunhão

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Por Dom Milton Kenan Júnior, Bispo de Barretos

Ao celebrar hoje a solenidade da Santíssima Trindade, mistério central da fé cristã, a liturgia nos apresenta mais uma vez um trecho do discurso de despedida de Jesus no evangelho de João (Jo 16, 12-15). Nesse discurso, proferido por Jesus durante a última Ceia, Jesus faz uma síntese e recapitula tudo o que havia ensinado aos discípulos; e, ao mesmo tempo lhes faz suas últimas recomendações que culmina com a promessa do envio do Espírito Santo, em comunhão com o Pai. Jesus, em forma de promessa, anuncia a vinda do Espírito Santo por cinco vezes ( Jo 14, 16-17; 14,26; 15,26; 16,7-8; 16,13) ao longo do discurso, demonstrando assim a importância do Espírito Santo para aqueles que creem no seu nome. Jesus sabia que sua morte era iminente. Da mesma forma sabia que embora tenha revelado aos discípulos tudo o que o Pai lhe deu a conhecer, a ponto de poder chamá-los de “amigos”, ele sabia que os discípulos ainda não tinham assimilado tudo; logo, não estavam prontos para continuar a missão confiada, após sua partida deste mundo para o Pai. Era preciso que eles compreendessem e interpretassem a sua missão a partir do mistério da sua morte e ressurreição, o que ainda não tinha acontecido. Diante disso, ele anuncia o envio do Espírito Santo, pela quinta vez no discurso a fim de levar os discípulos a compreensão da totalidade da sua pessoa e mensagem. Jesus conclui o texto proclamado na liturgia deste domingo falando da comunhão que há entre ele, o Espírito Santo e o Pai. Eles agem sempre em profunda sintonia, afinal, embora três pessoas distintas, são um único Deus. Entre eles não há competição, nem mesmo divisão. Eles vivem em perfeita comunhão. Somos convidados, hoje, a nos espelhar na Santíssima Trindade. Embora diferentes, formarmos um só povo, o povo que caminha iluminado e sustentado pelo Espírito Santo. Não permitamos que a discórdia, a inveja e as rivalidades nos firam e dividam. Tenhamos sempre diante dos olhos o exemplo da Trindade. Embora as pessoas sejam distintas, são um único Deus a quem adoramos, louvamos e agradecemos pelo seu imenso amor.