Escrever um livro é sair de si, sonhar, estender os horizontes…
O Diário - 14 de junho de 2025

Rosa Carneiro é empresária, escritora e integrante da Academia Barretense de Cultura
Compartilhar
“Ler é viajar sem sair do lugar”. Escrever letra por letra na formação de novos textos significa um pouco mais... É sair de si, sonhar, estender os horizontes para colocar na tela ou no papel, tudo de mais real, autêntico e criativo que se tenha por inspiração. A escrita brota de dentro, do coração. Quem escreve com sentimento não é obrigado a fazê-lo por circunstâncias externas ou por imposição; e se assim o fizer, se desanimará no primeiro obstáculo encontrado. Para muitos, a escrita é uma necessidade de expressão, seja de opinião ou vontade de contar histórias. Quando se escreve para si, usa-se a escrita para esclarecer questões, organizar raciocínios e liberar tristezas e alegrias. Isso é muito bom, uma rica terapia. Quando se escreve para publicação, o foco passa a ser os anseios dos leitores e não as próprias do escritor.
A escrita pode se dar em momento de extravasar os pensamentos, utilizar o tempo ocioso e aliviar saudades. Conforme se escreve, novas concepções e ideais surgem e mais se quer escrever. Entre ficção e a realidade, nasce um texto, crônica, poesia ou um livro.
Ao discutirem a experiência de escrever, destacam a importância da dedicação, persistência e da busca por uma narrativa que seja única. Muitos enfatizam que o processo de escrita é um constante aprendizado. Já a publicação e a recepção do livro são consideradas etapas mais relevantes, além do reconhecimento da necessidade de os escritores se adaptarem ao mercado e ao leitor. A escrita é vista como um desempenho de aperfeiçoamento, com ênfase na prática de uma rotina de constante leitura, pesquisa e experimentos de diferentes estilos e abordagem. Há também uma etapa desafiadora na adaptação do mercado e principalmente, da negociação com editores. Na autopublicação é indispensável que se conheça o público-alvo e a adaptação para atender as expectativas do leitor.
A redação também vem acompanhada de medos e inseguranças com a síndrome do impostor, a busca por validação e a dificuldade de lidar com a rejeição.
Mesmo diante dos desafios, muitos escritores expressam a paixão pela escrita e a importância de encontrar motivação para a continuidade do processo.
A felicidade na vida só é completa depois do ato de plantar uma árvore e escrever um livro.
Por que não tentar?