Após perder quase todo o intestino, ele depende de alimentação venosa e promove rifa do próprio carro

Gustavo Marques Muzeti, de 38 anos, viu sua vida mudar radicalmente em menos de um ano. Ativo, saudável e com carreira sólida como gerente administrativo em uma empresa de grande porte em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, o barretense mantinha uma rotina voltada à saúde, praticava musculação e crossfit. Até que, de um dia para o outro, enfrentou uma emergência médica devastadora.

Diagnosticado com uma patologia intestinal severa, Gustavo passou por 26 idas ao centro cirúrgico, sendo quatro cirurgias diretamente no intestino. O órgão, que normalmente mede sete metros, foi reduzido a apenas 60 centímetros. “O intestino parou de funcionar. O que sobrou não consegue mais absorver os nutrientes que o corpo precisa para sobreviver”, explica ele.

Durante mais de 10 meses, Gustavo permaneceu internado em Hospitais inclusive no HC de Ribeirão Preto, incluindo quatro meses em UTI. Em maio, recebeu alta hospitalar, mas a vida agora depende de uma rotina completamente diferente: diariamente, precisa ficar ligado por 12 horas a uma bomba difusora que infunde alimentação parenteral diretamente em sua veia.

Essa alimentação especial exige não só insumos hospitalares complexos, mas acompanhamento técnico, enfermeiros, e supervisão semanal de nutrólogos – um tratamento que só é viável por meio de um serviço de home care. O custo mensal para manter esse suporte vital é de R$ 79.211,00. Enquanto aguarda uma decisão judicial que obrigue o plano de saúde a cobrir o tratamento, Gustavo e sua esposa, Catarina Florêncio Fernandes Muzeti, recorreram à solidariedade.

RIFA

Para arrecadar o valor necessário e quitar a dívida com a empresa de home care, que já tem boletos vencendo nesta semana, o casal está rifando o próprio carro, um Honda Fit 2005. São 3 mil números vendidos por R$ 50,00 cada, e o valor arrecadado será destinado integralmente ao pagamento do tratamento. “Essa rifa é para pagar o primeiro mês. Eu não quero voltar ao hospital, longe dos meus filhos, da minha esposa. Só quero ter o mínimo para seguir vivo, com dignidade”, desabafa Gustavo. Mesmo enfrentando as dores e limitações, Gustavo voltou a Barretos com a família, acolhido na casa da mãe. Apesar de estar ligado a equipamentos, segue trabalhando sempre que possível. Seu maior medo é não conseguir manter o tratamento enquanto espera pela liberação do plano. Além do home care, Gustavo sonha em buscar avaliação para um possível transplante de intestino em São Paulo, uma chance que pode mudar sua condição de vida. Mas, até lá, cada dia conta – e a solidariedade de cada pessoa pode fazer toda a diferença.

A campanha solidária está disponível no link: rifei.com.br/rifa-honda-fit-pagar-primeiro-mes-do-meu-tratamento-em-home-care.

 Mais informações também pelo telefone: (14) 9 9715-0618.