A melatonina é um hormônio que regula o ciclo sono-vigília, ou seja, os momentos em que ficamos acordados e dormindo. Os suplementos a base deste hormônio são, em sua maioria, fabricados artificialmente. É usada principalmente para tratar a insônia, que é a dificuldade para adormecer, manter o sono ou ambos. Quando os sintomas duram um mês ou mais, a insônia é chamada de crônica. De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, o uso de suplementos de melatonina em pessoas com insônia crônica ainda carece de evidências científicas para demonstrar benefício, apesar de ajudar algumas pessoas com insônia temporária. A melhor indicação de seu uso é para regular o horário de início do sono, sem realmente induzir seu começo. É recomendado utilizar a melatonina sob supervisão médica, pois pode causar dores de cabeça, náusea e tontura. A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que idosos com demência evitem tomar suplementos de melatonina, porque ela pode permanecer ativa em idosos por mais tempo do que em pessoas mais jovens e causar sonolência diurna. O uso de suplementos de melatonina em curto prazo parece ser seguro para a maioria das pessoas, mas ainda faltam informações sobre a segurança em longo prazo. Em crianças, o uso de melatonina deve ser cuidadosamente avaliado, já que há riscos associados ao uso incorreto, como dosagens imprecisas e ingestão acidental. Outros grupos que devem evitar o uso do suplemento são pessoas com demência, epilepsia ou doenças autoimunes (como lúpus ou artrite reumatóide), mulheres tentando engravidar e pessoas que tomam varfarina (medicação que evita a coagulação do sangue). Concluindo, a melatonina pode ajudar indivíduos com insônia temporária, porém as diretrizes do Colégio Americano de Médicos recomendam fortemente o uso da terapia cognitivo-comportamental para insônia  (TCC-I)  como o tratamento inicial e apenas como uma complementação usar o suplemento.