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Santa Teresa Benedita da Cruz

Diocese de Barretos - 9 de agosto de 2025

Santa Teresa Benedita da Cruz

Santa Teresa Benedita da Cruz

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Por Diác. Matheus Flávio, São Gabriel Arcanjo, Jaborandi-SP

Hoje a Igreja celebra a memória de Santa Teresa Benedita da Cruz, antes da sua conversão Edith Stein. Ela nasceu em 1891, em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, sendo a 11ª filha de uma família judia fervorosa. Órfã de pai ainda bebê, foi criada pela mãe segundo a fé judaica. Durante a adolescência, passou por uma crise existencial e afastou-se de Deus, voltando-se para os estudos acadêmicos, especialmente a Filosofia na Universidade de Breslau. Sua conversão ao catolicismo deu-se em 1921, após ler a autobiografia de Santa Teresa d’Ávila, o que a marcou profundamente. Segundo relatou: “Quando fechei o livro, disse para mim mesma: é esta a verdade”. Em 1922, foi batizada e crismada, mesmo contra a vontade de sua família, sem jamais renegar suas raízes judaicas. Tornou-se professora e, mais tarde, freira carmelita, adotando o nome Teresa Benedita da Cruz. Com a ascensão do nazismo, foi levada com sua irmã Rosa ao convento na Holanda, para proteção. Em 1942, foi presa pelos nazistas, em represália à posição dos bispos holandeses contra as deportações. Enviadas a Auschwitz, Edith e Rosa foram mortas nas câmaras de gás. Em 1998, foi canonizada pelo Papa João Paulo II, tornando-se símbolo de fé, razão e martírio. Vale destacar o que São João Paulo II disse durante a homilia de canonização desta santa mulher: “Santa Teresa Benedita da Cruz conseguiu compreender que o amor de Cristo e a liberdade do homem se entretecem, porque o amor e a verdade têm uma relação intrínseca. A busca da verdade e a sua tradução no amor não lhe pareciam ser contrastantes entre si; pelo contrário, compreendeu que estas se interpelam reciprocamente. No nosso tempo, a verdade é com frequência interpretada como a opinião da maioria. Além disso, é difundida a convicção de que se deve usar a verdade também contra o amor, ou vice-versa. Todavia, a verdade e o amor têm necessidade uma do outro. A Irmã Teresa Benedita é testemunha disto. ‘Mártir por amor’, ela deu a vida pelos seus amigos e no amor não se fez superar por ninguém. Ao mesmo tempo, procurou com todo o seu ser a verdade, da qual escrevia: ‘Nenhuma obra espiritual vem ao mundo sem grandes sofrimentos. Ela desafia sempre o homem inteiro’. A Irmã Teresa Benedita da Cruz diz a todos nós: Não aceiteis como verdade nada que seja isento de amor. E não aceiteis como amor nada que seja isento de verdade!” Que o exemplo de Santa Teresa Benedita da Cruz seja para nós um exemplo do nosso compromisso no serviço da liberdade e na nossa busca da verdade. O seu testemunho sirva para tornar cada vez mais sólida a nossa fé. Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!