Nos últimos anos, observa-se um aumento nos casos de distúrbios gastrointestinais como refluxo gastroesofágico, gastrite e úlcera gástrica, frequentemente associados à dieta moderna, caracterizada pelo alto consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares e aditivos químicos. Grande parte da culpa pelas escolhas alimentares pouco saudáveis encontra-se no ritmo acelerado da vida contemporânea. Outro vilão é o fator financeiro, já que alguns alimentos processados podem ser mais baratos que uma dieta variada e balanceada. Diante do desconforto causado por esses quadros e da facilidade de acesso a medicamentos, muitas pessoas recorrem à automedicação como forma imediata de alívio, comportamento este que pode mascarar sintomas importantes e agravar o quadro clínico a longo prazo. O Omeprazol, um dos principais fármacos utilizados para aliviar sintomas gástricos, exerce sua função como redutor da produção de ácido estomacal, o que altera o ambiente do estômago. Contudo, mesmo sendo um medicamento de fácil acesso, o uso do Omeprazol sem acompanhamento médico não está isento de riscos, já que ele provoca a alteração do ambiente estomacal influenciando diretamente na absorção de nutrientes. O Omeprazol, quando usado de forma crônica, é um dos principais medicamentos envolvidos em quadros de anemia, ocasionada principalmente devido à redução da absorção da vitamina B12 e de ferro, o que pode gerar sinais como fadiga constante, fraqueza muscular e sonolência. A anemia pode ser muitas vezes percebida por sinais como a diminuição da capacidade de aprendizado e da produtividade no trabalho. Portanto, embora o Omeprazol seja um medicamento importante no tratamento de diversas questões gastrointestinais, seu uso indiscriminado pode levar a efeitos colaterais como a anemia, cuja interferência na absorção de nutrientes como vitamina B12 e ferro representa um risco oculto para a saúde. Assim, o acompanhamento com um profissional qualificado é imprescindível para evitar quadros de complicações.