Barretos e visitantes: em um só coração
O Diário - 25 de agosto de 2025

Rosa Carneiro é empresa, escritora e integrante da Academia Barretense de Cultura
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“Vento gelado batendo em meu rosto, me diz que é agosto, florada de ipê no meu Sertão! Diz que me esqueça de todos os apertos que eu vá pra Barretos pra Festa do Peão.”
Existem versos mais significativos e bonitos que estes que homenageiam a nossa festa e animam o nosso amor pela cidade? O grande compositor, poeta e músico barretense Francisco de Assis Bezerra de Menezes, nosso saudoso Bezerrinha, que colocou todo o coração, toda a alma nesta pequena canção direcionada a Barretos do Peão, de gente saudável e hospitaleira, da paz do Espírito Santo, dos caboclos da roça, do verde das plantações, dos rios caldalentos, da solidariedade inimitável!
E nossos ipês? Branco, amarelo, roxo embelezando ainda mais Barretos, fazendo crescer o entusiasmo da pertença que o povo carrega em seu coração.
Tudo aqui é muito agradável nesta festa interminável, “pois a gente fica em festa até chegar o ano que vem.” Nossos equinos, bovinos que fazem na arena um espetáculo de força, poder, levando aos que assistem orgulho pela valentia do Peão, pelo Chão Preto e a criatividade e compromisso de “Os Independentes.”
Tudo colabora para que se sinta “aquele abraço aquecendo o coração, já que o abraço de Barretos faz do inverno outro verão.”
Aí segue a festa multicolorida, homenageando o visitante ávido de entusiasmo para se divertir, conhecer, alegrar-se, deixando aqui seu sorriso e um até a volta o ano que vem, no outro e no outro, levando o segredo que a festa tem que é: “a gente fica em festa até chegar o ano que vem.”
Pertencer a Barretos, levá-la no coração, vibrar com a festa maior, vive-la por muitos dias, ver o barretense feliz, orgulhoso torcendo pelo êxito da festa cantando nos lares, nas ruas, no Parque eleva nossa alma e, assim termina a bela música de Bezerrinha:
“ Não vou perder este festão, eu vou embora pra festa do Peão.”