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Pátria e cidadania 

O Diário - 3 de setembro de 2025

Pátria e cidadania 

Rosa Carneiro é empresária, escritora e integrante da Academia Barretense de Cultura

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Estamos em plena “Semana da Pátria”. 

A Pátria faz parte de nossa própria tradição pessoal. O homem é obrigatoriamente ligado a terra, ao seu território. Mesmo agora, com toda globalização, experimentamos, como aumenta ainda mais a busca das raízes e das nacionalidades.

A nação incorpora-se à dignidade da pessoa enquanto cidadão patriota que é.  A Pátria é o lugar privilegiado não só por suas características naturais como planícies, rios, montanhas e o solo, mas é, principalmente, onde nossos antepassados deixaram a sua marca, onde eles cresceram, onde eles construíram a sua história de vida e que nós herdamos. Essa realidade trazida em nossas tradições nos impulsionam a amar a nossa Pátria. Porém, o amor às raízes e a nossa responsabilidade pelo bem comum, seja onde nascemos, seja onde fomos adotados, faz com que, deixamos também as nossas marcas na construção de um mundo mais justo e solidário.  A grande questão é que muitas vezes, e em muitas decisões, há certa confusão entre a nação e seu governo, entre o povo e os administradores. Mas esse amor não deve ser descompromissado e sem reflexão crítica. Quanto mais amarmos, mais queremos bem à Pátria. Daí vem o compromisso com os excluídos, a nossa preocupação com o futuro da nação, com saúde, moradia e  trabalho para todos e a cobrança aos governos.

Sabemos que a situação do Brasil atual é muito difícil. Os bolsões de pobreza e violência demonstram quantos passos ainda temos que dar. Só um irmão que passe fome e necessidades extremas já nos questionamos sobre a dignidade da vida humana. A violência no dia a dia nos dá a sensação de insegurança e medo.

A gravidade dos desafios no campo da pobreza e da segurança salta aos nossos olhos e não só ao homem de fé, mas também ao bom senso natural do ser humano.

O país demanda mudanças estruturais e exige que homens bons e honestos no campo político tomem para si a grande responsabilidade pelo pão, pelo trabalho, pela educação, pela segurança e pela paz que são pedidos pela nação, pelo povo e pelas famílias. Os governos devem estar a serviço do povo.

O empenho pela transformação do país, para uma pátria socialmente justa, não é uma tarefa apenas para sonhadores: as próximas eleições que se avizinham são uma forma bem concreta para essa transformação.

Neste momento que antecipam as eleições, a pátria pede que os cidadãos não reduzam a sua participação política apenas ao voto, embora este seja fundamental e necessário. Pede, igualmente, que não deixe que os políticos trabalhem sozinhos pelo bem público, mas que todos se sintam corresponsáveis pelos destinos do país. Todos têm o seu dever de responsabilidade pública, que começa com o voto e com a eleição, mas neles não se esgota.

Rezemos para que o povo brasileiro se conscientize, na Semana da Pátria, a votar somente em candidatos responsáveis e que tenham compromisso com a vida em todas as fases e que defendam a dignidade humana, superando o assistencialismo e criando condições dignas de ensino de qualidade, acesso ao mercado de trabalho e constituição de uma cidadania que quer emprego, renda, saúde e educação.

Agora olhemos para nossa bandeira, símbolo de nossa dignidade, coragem e força e façamos a nossa parte.

É isso que desejamos ao nosso Brasil nesta semana em que olhamos para o passado e presente sonhando com um futuro sempre melhor, enquanto nos comprometemos com atitudes concretas para que nossa Pátria seja justa e um lugar de paz, prosperidade para o bem-estar de nossas famílias.