O papilomavírus humano (HPV) é um vírus bastante comum que afeta a pele e as mucosas, sendo a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Existem mais de 200 tipos de HPV, alguns dos quais podem causar verrugas genitais, enquanto outros estão associados a tumores malignos, como o câncer do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. A infecção pelo HPV é muito frequente e, na maioria das vezes, não causa sintomas. No entanto, em alguns casos, o vírus pode permanecer no organismo e provocar alterações celulares que, com o tempo, evoluem para o câncer. 

O câncer de colo do útero é um dos mais comuns entre as mulheres (o 3º tipo de câncer mais incidente) e representa uma das principais causas de morte por câncer feminino no Brasil. Para o ano de 2025 foram previstos mais de 17 mil casos novos da doença, sendo 15 casos para cada 100 mil mulheres. Em sua fase inicial, pode não apresentar sintomas. Quando surgem, os principais são: sangramento vaginal fora do período menstrual ou após a relação sexual, corrimento com odor desagradável e dor na região pélvica. 

A vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir essas doenças. A vacina é segura, gratuita pelo SUS e indicada apenas uma única dose para meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade. Quando aplicada antes do início da vida sexual, oferece maior proteção, pois impede o contato com os tipos mais perigosos do vírus. São estratégias importantes para o cuidado com a saúde: a vacina e o uso de preservativos, como formas de prevenção, e a realização regular do exame preventivo (Papanicolau, a partir dos 25 anos para as mulheres com vida sexual ativa) como forma de diagnóstico precoce. Vale lembrar que, mesmo com a vacinação, o acompanhamento médico continua essencial. Portanto, vacinar-se contra o HPV é um gesto de proteção e responsabilidade. Essa medida simples pode evitar milhares de casos de câncer.  Vacinas salvam vidas!