Centro de Reabilitação do Hospital de Amor promove Semana da Inclusão
Sandra Moreno - 24 de setembro de 2025

ATENDIMENTO: Convidados vivenciaram uma imersão pelos serviços oferecidos pela unidade
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Atividades imersivas para marcar o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência seguem até amanhã

CONSCIENTIZAÇÃO: Henrique Buosi fala a pacientes e acompanhantes na recepção do CER
Para marcar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, o Centro Especializado em Reabilitação (CER), ligado ao Hospital de Amor, realiza até quinta-feira, 25, uma programação especial voltada à conscientização e à inclusão.
A abertura teve a participação de representantes de diferentes setores, que vivenciaram uma imersão pelos serviços oferecidos pela unidade.
Durante a programação, os convidados conheceram tecnologias de ponta, como o Lokomat, um exoesqueleto robótico que revoluciona a reabilitação da marcha. “Antes precisávamos de três profissionais para auxiliar um paciente a dar os primeiros passos. Hoje, com o auxílio da robótica, conseguimos resultados mais rápidos e seguros”, explicou o fisioterapeuta Thiago Felício, coordenador da equipe multiprofissional.
O médico fisiatra e coordenador do CER, Henrique Buosi, destacou que a semana busca aproximar a sociedade do tema da deficiência e mostrar como a tecnologia e o trabalho multiprofissional podem transformar vidas. “Nosso objetivo é garantir qualidade de vida, inclusão e cidadania para todos os pacientes, oncológicos ou não, que passam por limitações físicas, visuais, auditivas ou intelectuais”, afirmou.
Entre as experiências oferecidas na imersão, a agrônoma Ívia Silva Vieira simulou o deslocamento de uma pessoa com deficiência visual. “É uma sensação de insegurança e desorientação. A gente passa a valorizar ainda mais a importância de recursos como o piso tátil”, relatou.
Além da vivência, os participantes também experimentaram o funcionamento do C-Mill - Sistema de Reabilitação, que além de treinar a marcha, traz um componente lúdico por meio da gamificação. “O simples gesto de caminhar, que às vezes é interrompido por um acidente ou doença, pode ser recuperado com esforço, técnica e tecnologia”, completou Felício.
Rafael Toledo Baston, médico otorrinolaringologista do Centro falou aos presentes sobre o trabalho realizado com pessoas com deficiência auditiva. Da importância do diagnostico prévio e como é o tratamento.
NÚMEROS
Segundo o Censo 2022 do IBGE, o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência, representando 7,3% da população. Somente em 2024, o CER atendeu 5.781 pessoas com diferentes tipos de deficiência. A Semana da Inclusão reforça a mensagem de que é possível estudar, trabalhar, praticar esportes e viver com qualidade mesmo diante das limitações.