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Ação sobre doação de órgãos marca data na Santa Casa

Sandra Moreno - 27 de setembro de 2025

Ação sobre doação de órgãos marca data na Santa Casa

CONSCIENTIZAÇÃO: Maria Eduarda durante abordagem do público no saguão do hospital

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Na madrugada, comissão participou da captação e hospital contabiliza até setembro seis doações

A Comissão de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Barretos realizou, na sexta-feira (26), uma ação de conscientização sobre a importância da doação de órgãos. A atividade aconteceu no saguão de entrada do hospital, onde profissionais da saúde distribuíram folhetos e dialogaram com pacientes, familiares e visitantes sobre o processo de doação e a necessidade de comunicar à família o desejo de ser doador.

ÓRGÃOS: Bruna, Maria Eduarda e Josiane em mobilização com público na Santa Casa

A iniciativa integrou a programação da Semana Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, lembrada em setembro que tem sua data principal, neste sábado (27).   Coincidentemente, na madrugada do mesmo dia, a Santa Casa participou de uma captação: foram doados os rins de um paciente de 65 anos, com diagnóstico de morte encefálica, vindo de cidade da região. O procedimento foi conduzido por uma equipe do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

Segundo a enfermeira Josiane Oliveira, coordenadora da UTI Adulto e da Comissão Interna de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), cada doação representa uma oportunidade de transformar dor em esperança.  “Um único sim pode salvar até oito vidas. Este ano já tivemos 21 protocolos abertos e seis doações efetivadas na Santa Casa”, destacou ela. 

Profissionais como a psicóloga Bruna Africo Pardini e a enfermeira Maria Eduarda Domingos também ressaltaram a importância do acolhimento às famílias, que enfrentam um momento delicado, mas podem enxergar na doação uma forma de solidariedade.

“A enfermagem tem um papel essencial nesse processo. Mesmo sendo um paciente em morte encefálica, nossos cuidados permanecem integrais, com dignidade e respeito. Isso transmite confiança à família e fortalece a decisão pela doação”, disse Maria Eduarda. 

Já a psicóloga Bruna Africo Pardini falou do acolhimento. “Estar ao lado da família desde o início ajuda a diminuir medos e inseguranças, tornando o processo de decisão sobre a doação mais humano”, explicou ela. Atualmente, milhares de pacientes aguardam por um órgão no Brasil. Em São Paulo, cerca de 27 mil pessoas estão na fila. O recado dos especialistas é claro: não é necessário registro em cartório ou documento oficial — basta manifestar em vida à família o desejo de ser doador.