Nas últimas décadas, a procura por cirurgias plásticas cresceu significativamente, impulsionada pela busca incessante do “rosto e corpo perfeitos”e  influenciada pelos padrões de beleza impostos pela sociedade moderna. Esse cenário tem sido amplamente alimentado pelas redes sociais, onde cirurgiões plásticos utilizam estratégias de marketing para divulgar seus trabalhos, muitas vezes apresentando resultados irreais ou exagerados. Filtros, ângulos estratégicos e edições nas imagens compartilhadas online criam expectativas distorcidas, contribuindo para uma percepção equivocada dos efeitos e da segurança desses procedimentos. Entre as cirurgias mais procuradas atualmente está a lipoaspiração, destinada à remoção de gordura localizada, especialmente na região abdominal. As cirurgias plásticas são procedimentos vistos como soluções rápidas para grandes mudanças no corpo, mas exigem cuidados e seguimento médico adequado. Apesar dos avanços na medicina estética, cirurgias plásticas apresentam riscos, como infecções pós-operatórias, que podem causar problemas graves de saúde, como a septicemia, que é a infecção generalizada, e em casos mais avançados, até a morte. Outro risco é a hemorragia por lesão dos vasos sanguíneos, e por consequência, exige transfusão maciça de sangue. Essas complicações devem ser tratadas rapidamente com o paciente novamente no centro cirúrgico. Infelizmente, as infecções após cirurgias plásticas podem ocorrer mesmo se todo o procedimento estético parecer limpo e correto. Cirurgias plásticas podem trazer benefícios estéticos e autoestima, mas é fundamental a divulgação sobre os riscos, com informações reais (e não apenas pelas redes sociais). Esses procedimentos estéticos, quando necessários, devem ser realizados por profissionais de saúde qualificados e em clínicas e hospitais realmente seguros. O organismo humano é o nosso real santuário de saúde e proteção, e a decisão de invadi-lo ou modificá-lo esteticamente deve ser tomada com responsabilidade e, diante de possíveis consequências irreversíveis, é crucial refletir: até que ponto vale a pena arriscar o que é natural em nome de uma perfeição muitas vezes inatingível?