O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica, cujos principais sintomas envolvem desatenção, inquietação e, muitas vezes, impulsividade. Costuma se manifestar na infância, fase em que pode ser identificado, e muitas vezes permanece na vida adulta, com a inquietude tendendo a ser mais branda, já que os sintomas são passíveis de alteração na intensidade ao longo da vida e se apresentam de formas distintas em  em cada paciente. 

Apesar de ser reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o TDAH enfrenta muitas vezes, na sociedade, um fenômeno de banalização. A ampla exposição midiática e o excesso de informações — muitas vezes imprecisas — contribuem para o surgimento de dúvidas quanto à sua existência ou gravidade. Em contrapartida, o avanço no conhecimento científico e a crescente conscientização dos profissionais de saúde têm permitido diagnósticos mais assertivos, ampliando a capacidade de cuidados quando comparado ao passado em que muitos casos eram negligenciados ou mal compreendidos. Apesar de uma ferramenta poderosa, muitas vezes a internet pode disseminar conteúdos que quando não são interpretados adequadamente dentro de um contexto, passa a ser equivocado, confundindo seu público e muitas vezes dificultando a identificação correta do transtorno.

Mesmo com o ceticismo de parte da população, os sinais do TDAH são reais e podem variar bastante em intensidade. As dificuldades mais comuns estão relacionadas à interação social, memória, aprendizado, linguagem e autoestima. Os pais devem observar atentamente o desempenho escolar da criança, seu nível de atenção durante atividades e conversas, além de comportamentos como a dificuldade em permanecer em repouso, mesmo que a mesma seja exigida. Na presença de comportamentos que geram prejuízos significativos, é fundamental buscar orientação médica. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado fazem toda a diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança ou quando adulto.