Pobreza de espírito
O Diário - 19 de outubro de 2025

Rogério Ferreira da Silva é cirurgião-dentista
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Pobreza de espírito não tem relação com a falta de bens materiais, mas com a ausência de valores essenciais que tornam o ser humano verdadeiramente rico por dentro. Ser pobre de espírito, no sentido negativo, é viver com o coração fechado, movido pela inveja, pelo egoísmo e pela soberba. É não reconhecer o valor das pessoas, acreditar-se superior e desprezar a simplicidade da vida. Essa pobreza interior faz com que o indivíduo viva em constante insatisfação, sempre desejando mais, sem nunca encontrar paz ou gratidão.
Por outro lado, há quem interprete a “pobreza de espírito” de forma positiva, como a humildade de reconhecer as próprias limitações e depender de algo maior — seja Deus, a natureza ou a vida. Essa visão enxerga a pobreza de espírito como uma virtude, pois abre espaço para o aprendizado, o perdão e o crescimento interior. O verdadeiro rico, portanto, é aquele que carrega no coração a generosidade, a empatia e a sabedoria de valorizar o que realmente importa.
Vivemos em uma sociedade que valoriza mais o ter do que o ser, e por isso, a pobreza de espírito se manifesta com frequência. Pessoas se perdem em aparências, esquecendo que o brilho exterior se apaga quando o interior é vazio. Cultivar um espírito rico significa nutrir o amor, o respeito e a bondade, qualidades que nenhum dinheiro pode comprar. No fim das contas, a maior miséria humana não é a falta de recursos, mas a falta de alma, compaixão e propósito. Um ótimo domingo para você.