Proprietário de autoescola comenta dificuldades após consulta pública para mudanças nos exames da CNH
Roberto José - 25 de outubro de 2025
Antônio Ocaso durante entrevista na Rádio O Diário Foto – Divulgação
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Discussão do tema está interferindo nas novas matrículas e alunos desistindo das aulas
Uma proposta do Ministério dos Transportes que traz novas regulações para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), está em consulta pública até 2 de novembro. Caso seja aceita, o projeto acaba com a obrigatoriedade das aulas. Com isso, as aulas de autoescola se tornam opcionais e o efeito sobre os CFC (Centro de Formação de Condutores) foi imediato, refletindo nas novas matrículas que praticamente pararam de ser realizadas. A proposta está preocupando o setor, e segundo o proprietário de autoescola, Antônio Ocaso, caiu bastante o número de matrículas e tem até alunos pedindo da devolução dos recursos pagos para não dar andamento ao processo para retirada da CNH. “Essa é uma mudança radical, populista e com fim eleitoreiro. Eles pegam no custo que é alto para tirar a CNH, mas 25% dos custos para tirar a habilitação são de impostos, mas não tocaram nesta questão”, explicou o empresário Ocaso. Hoje no estado de São Paulo o custo para tirar um CNH tem custo de R$ 2 mil a R$ 2,4 mil, com 25% do valor destinado em impostos ao Governo, além dos custos com os veículos e outras despesas.
O tema vem sendo discutido em reuniões com os deputados federais e os órgãos representantes da classe e no dia 5 de novembro, o assunto volta a ser discutido desta vez no Senado Federal, onde é aguardada alterações na minuta apresentada. “Com o fim da obrigatoriedade será gerado um grande desemprego no país, já que muitos instrutores não terão como exercer a sua atividade. A categoria quer mudança, o instrutores querem, mas com melhoria com foco na educação de trânsito. As autoescolas tiveram que se adequar, os Detrans e o Governo Federal até o momento não fez nada”, opinou Ocaso.



