A necessária conservação do que é nosso
O Diário - 28 de outubro de 2025
A necessária conservação do que é nosso
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Barretos possui um patrimônio público de valor inestimável, que vai muito além de sua história e tradição. O Estádio Municipal Antônio Gomes Martins, o Marco Zero — que remete à fundação da cidade —, o Museu Ruy Menezes e o Ginásio João Batista da Rocha, o popular Rochão, são alguns exemplos de espaços que carregam a identidade e o orgulho barretense. No entanto, esses bens, fundamentais para a cultura, o esporte e a memória do município, frequentemente sofrem com a falta de manutenção adequada.
É inegável que a administração pública enfrenta limitações orçamentárias e múltiplas demandas. Ainda assim, cabe ao poder público o dever de zelar pelos bens que pertencem à população. O cuidado com o que já existe deve ser prioridade em qualquer gestão que se proponha responsável e comprometida com o interesse coletivo.
Ao longo dos anos, é comum vermos governos priorizando novas construções — muitas vezes em busca de deixar marcas próprias — em detrimento da conservação do patrimônio existente. Essa prática, além de onerar os cofres públicos, acaba por comprometer o valor histórico e funcional dos espaços que já servem à comunidade.
Não se trata de ser contra novas obras, mas de defender uma política de manutenção contínua, planejada e transparente. Preservar o que é de todos é um gesto de respeito à cidade, à sua história e às futuras gerações. Barretos merece que seu patrimônio seja cuidado com o mesmo zelo com que foi construído.



