A forte chuva que atingiu Barretos no domingo, 2 de novembro, provocou estragos e reacendeu o debate sobre a capacidade do município de enfrentar eventos climáticos intensos. Em apenas 30 minutos, foram registrados 65 milímetros de precipitação, que resultaram em quedas de árvores e de cabos de energia, pontos de interdição e inundação em vias públicas, além de várias casas invadidas pela enxurrada.
Os estragos impressionam, mas o que mais preocupa é que a tempestade já havia sido prevista. Desde a quinta-feira, 30 de outubro, a Defesa Civil do Estado de São Paulo alertava para o alto risco de temporais na região durante o fim de semana. Mesmo com o aviso, os transtornos foram grandes e mostraram que ainda há falhas na prevenção e no planejamento urbano.
É necessário que o poder público municipal avalie com seriedade os danos e apresente soluções estruturais. A limpeza de galerias, o manejo correto das águas pluviais e a rápida resposta das equipes de emergência precisam se tornar rotina, e não exceção.
As chuvas fazem parte do ciclo natural, mas os impactos podem e devem ser reduzidos com gestão eficiente.
Mais do que contabilizar prejuízos, Barretos precisa aprender com cada ocorrência e transformar alerta em ação.