Um dispositivo vedando ligações não autorizados tem pouco efeito na prática. A capacidade criativa, inovadora e incansável de “perturbar” parece ser inesgotável. Quando menos se esperar, o celular dispara ruidosamente com número desconhecido, estranho e incerto. Com o uso da Inteligência Artificial, as chamadas ganharam “novo e tenebroso” efeito multiplicar. TI + IA = OK negativo.

Uma barretense relatou recentemente que sua mãe recebe periodicamente “uma nova foto” da filha com pedido de ajuda financeira e depósito urgente. Tudo falso. Há casos de ligações até de fora da família. Uma jornalista contou ter recebido pedido de ajuda de sua filha. “O único detalhe é que mesmo sendo casada não tenho filho”.

As ocorrências de fraudes, ações de golpes e estelionatos afetam a comunidade barretense e têm assustado cada vez mais. Os boletins policiais revelam os danos na segurança pública e no convívio social. Foram 60 casos de estupros, 401 casos de lesão corporal, 43 roubos, 1.208 furtos no período de janeiro a setembro. Em 9 meses de 2025, foram instaurados 1.825 inquéritos policiais, lavrados 786 flagrantes, 1.135 prisões efetuadas e 212 ocorrências de tráfico de entorpecentes.

A violência não é restrita a realidade barretense. Os casos nas grandes capitais e cidades brasileiras registram índices alarmantes em cenários de “guerra civil”. Entretanto, um olhar atento para o contexto da cidade é sempre oportuno e pede atuação das autoridades, das lideranças, da imprensa, da igreja, das escolas e das famílias.

Os caminhos inteligentes que podem ser criados, realizados e executados no fomento de uma “cultura de paz” em Barretos são exigências imediatas, possíveis e necessárias. O exercício de discernimento de ações locais para construção efetiva do lema “somos todos irmãos” é um compromisso ético e moral, político e cultural, que é inclusivo, oportuno e inadiável.