Noite perfeita de cartão postal no entardecer do último final de novembro. Olhos penetrantes tentando descobrir os segredos do Atlântico. Deixamos de acreditar no incognoscível, mas ali está ele em calma expectativa. Parodiando Nietzsche: "Quando você olha para a imensidão azul do Oceano, ele olha para você". É hipnotizante. A energia do mar espalha as infinitas águas calmas. Do outro lado do horizonte, bem distante, ergue ondas gigantes para o desafio de surfistas. Paradoxo Marinho. O monumento Jeromão foi abraçar Poseidon, Deus Grego dos mares e dos cavalos. Milhares de marinheiros de primeira viagem da tribo de botas e chapéus celebraram os 70 anos do Barretão no moderno navio MSC Precioza. Cruzeiro Temático inesquecível. E La Nave Va Caipira, se fosse filme, Fellini faria um longa-metragem deslumbrante. Pensei que ia ter rodeio com Cavalo Marinho. Não, teve montarias em touro mecânico com diversos competidores descalços e de bermuda com narração do locutor Paulinho 2001. Cuiabano Lima levou as emoções da Arena dos Sonhos para o palco em alto mar. Música sertaneja e country de grandes artistas que se apresentaram em agosto.  Sob aplausos das gaivotas simulando drones. Os golfinhos cowboys deram as caras na parada em Búzios. O sertão virou mar, e o mar virou sertão com trilha sonora do Barretão e proteção de Iemanjá, mãe dos peixes. A empresa iGreen Energy premiou mil funcionários com esta inédita viagem fluvial. No final da jornada já no Cais da Saudade, Jerominho e Hussein comemoraram o sucesso da iniciativa pioneira. Este último evento fecha o ciclo de comemorações de 7 décadas do Rodeio Barretense. Abraços Cavalares.