As redes sociais de Barretos foi movimentada nesta semana com a divulgação de um vídeo divulgado por uma professora da rede municipal, questionando as cotas em concursos públicos da Prefeitura de Barretos. Após a publicação, o assunto ganhou grande repercussão, sendo inclusive registrado um boletim de ocorrência pelos órgãos representativos da comunidade negra de Barretos, para apurar os crimes de preconceito de raça e discriminação racial. 

Procurada a advogada dra. Pricila Zinato Demarchi, que atua na defesa da professora, afirmou que  a Constituição Federal garante a liberdade de expressão, sendo inclusive direito fundamental a manifestação de pensamento de forma livre e sem censura, o que é imprescindível para a democracia. “Em relação ao caso, nós, enquanto defesa, não constatamos em suas palavras a extrapolação dos limites do direito de liberdade e de expressão, por entendermos não ter ela praticado ato de racismo ou qualquer outro ato criminoso que tenha ofendido a honra e dignidade, inerentes do ser humano e dos grupos étnicos”, afirmou dra. Pricila. 

Segundo a advogada, a sua cliente fez apenas um questionamento sobre a lei das cotas vigentes, e não sobre raça, religião ou qualquer outro fundamento que fira os direitos do ser humano. “A minha cliente está à disposição das autoridades e órgãos competentes para esclarecimentos, sendo inocente das acusações que pesam contra ela”, finalizou. 

O vídeo foi excluído das redes sociais e a autora publicou um novo vídeo pedindo desculpas.