O câncer de endométrio é um tipo de tumor que se desenvolve no revestimento interno do útero, chamado endométrio. No Brasil, é o sétimo câncer mais comum entre as mulheres. Embora possa surgir em qualquer idade, é mais frequente após a menopausa, especialmente depois dos 60 anos.

O principal sinal de alerta é o sangramento vaginal anormal — aquele que aparece depois da menopausa ou fora do período menstrual. Em mulheres que ainda menstruam, o sangramento pode ser mais intenso, durar mais tempo ou acontecer entre uma menstruação e outra. Outros sintomas possíveis são: dores ou cólicas pélvicas persistentes, sensação de peso na barriga, corrimento com sangue, desconforto nas relações sexuais, mudanças no intestino ou na urina e perda de peso sem causa aparente

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver a doença. Entre eles estão a obesidade, o uso prolongado de hormônio estrogênio sem acompanhamento médico, o diabetes, a hipertensão e o histórico familiar. Além disso, menstruar por muitos anos e não ter engravidado também podem elevar o risco.

O diagnóstico geralmente começa com a avaliação médica após um episódio de sangramento. O médico coleta informações da história clínica, realiza exame físico e pode solicitar um ultrassom transvaginal, exame que avalia a espessura do endométrio. Se houver suspeita de alteração, é feita uma biópsia, que analisa uma pequena amostra do tecido para confirmar o diagnóstico. O tratamento principal é cirúrgico, mas em alguns casos pode ser necessário complementar com quimioterapia e/ou radioterapia, dependendo do estágio da doença.

O câncer de endométrio tem altas chances de cura quando diagnosticado cedo. É essencial fazer acompanhamento médico de rotina e investigar qualquer sangramento vaginal inesperado. A prevenção envolve manter peso saudável, praticar atividade física e controlar doenças como diabetes e hipertensão. Cuidar do corpo e estar atenta aos sinais é a melhor proteção.