Esqueci minha senha
A celebração da Missa visa a comunhão

Diocese de Barretos - 16 de abril de 2024

A celebração da Missa visa a comunhão

A celebração da Missa visa a comunhão

Compartilhar


(Por: Papa Francisco, Catequeses sobre a Missa)

O gesto da paz é seguido pela fração do Pão, que desde o tempo dos apóstolos conferiu o nome a toda a celebração da Eucaristia (cf. OGMR, 83; Catecismo da Igreja Católica, 1329). Cumprido por Jesus durante la última Ceia, partir o Pão é o gesto revelador que permitiu aos discípulos reconhecê-lo depois da sua ressurreição. Recordemos os discípulos de Emaús, os quais, falando do encontro com o Ressuscitado, narram «como o tinham reconhecido ao partir o pão» (cf. Lc 24, 30-31.35).

A fração do Pão eucarístico é acompanhada pela invocação do «Cordeiro de Deus», figura com a qual João Batista indicou em Jesus «aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29). A imagem bíblica do cordeiro fala da redenção (cf. Êx 12,1-14; Is 53,7; 1Pd 1,19; Ap 7,14). No Pão eucarístico, partido pela vida do mundo, a assembleia orante reconhece o verdadeiro Cordeiro de Deus, ou seja, Cristo Redentor, e suplica-o: «Tende piedade de nós... dai-nos a paz».

«Tende piedade de nós», «dai-nos a paz» são invocações que, da oração do “Pai-Nosso” à fração do Pão, nos ajudam a predispor a alma a participar no banquete eucarístico, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos. Não nos esqueçamos da grande oração: a que Jesus nos ensinou, e que é a oração com a qual Ele rezava ao Pai. E esta oração prepara-nos para a Comunhão.

A celebração da Missa, da qual percorremos os vários momentos, visa a Comunhão, ou seja, a nossa união com Jesus. A comunhão sacramental: não a comunhão espiritual, que podes fazer em casa, dizendo: “Jesus, gostaria de te receber espiritualmente”. Não, a comunhão sacramental, com o corpo e o sangue de Cristo. Celebramos a Eucaristia para nos alimentarmos de Cristo, que se oferece a nós, quer na Palavra, quer no Sacramento do altar, para nos conformar-nos com Ele. É o próprio Senhor quem o diz: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e Eu nele» (Jo 6,56). Com efeito, o gesto de Jesus que deu aos discípulos o seu Corpo e Sangue na última Ceia, continua ainda hoje através do ministério do sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição do Pão da vida e do Cálice da salvação aos irmãos.