A crise da democracia e a comunicação
O Diário - 10 de setembro de 2025

A crise da democracia e a comunicação
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O legislativo barretense deu demonstração política expressiva e objetiva, ao repor as condições de publicação de atos oficiais na imprensa. Dois pontos relevantes na aprovação com maioria esmagadora da edilidade.
O primeiro está no contexto democrático, abalado pelo radicalismo, pela intolerância, o avanço das notícias falsas, a promoção de conflitos e confrontos. A crise da democracia tem provocado incapacidade de diálogo, de negociação, de entendimento, gerando guerras internacionais, violência nacional e bloqueios locais.
A Câmara Municipal colocou em pauta uma agenda voltada para o fortalecimento da democracia, da informação e do discernimento das questões políticas, sociais e culturais.
O segundo ponto envolve a crise da mídia barretense, que ameaça emissora educativa de TV, a publicação de jornais, o emprego de radialistas, jornalistas e comunicadores. A crise é grave, profunda e delicada. Os vereadores admitiram uma leitura adequada do cenário barretense, assimilando a ligação estreita da crise da democracia e a crise da comunicação.
A revolução tecnológica, a implantação da TV 3.0, as novas plataformas digitais e o conjunto educacional e de consumo, faz o Diário a buscar novos paradigmas de publicação, preservando um acervo criado por Monteiro Filho em 1º de abril de 69. O compromisso de criar novo formado, novas editorias, pauta renovada está na agenda imediata. Eis sim o principal compromisso da imprensa barretense no atual momento: não sucumbir diante da crise política e a crise de comunicação.