Marcada no calendário como o Dia do Agricultor, a data de 28 de julho, celebrada ontem, é uma oportunidade necessária para reconhecer publicamente o papel central do produtor na vida econômica, alimentar e social do país. Em tempos de urbanização acelerada, lembrar a origem do que chega à mesa do brasileiro é um ato de valorização e consciência.

Esse reconhecimento é ainda mais pertinente quando se observa o desempenho de regiões altamente produtivas, como a de Barretos. De acordo com dados oficiais do Instituto de Economia Agrícola (IEA), a Região Administrativa de Barretos ocupou, em 2024, a terceira posição estadual no ranking do Valor da Produção Agropecuária (VPA), com expressivos R$ 5,95 bilhões.

A força da cana-de-açúcar segue marcante: representou 54,78% desse valor, ou cerca de R$ 3,26 bilhões. No entanto, a pujança vai além. Produtos como laranja para indústria (R$ 782,5 milhões), soja (R$ 333,8 milhões), carne bovina (R$ 411,7 milhões), além de amendoim e borracha, ilustram a diversidade e a capacidade de adaptação dos produtores da região.

O crescimento de 7,57% no VPA entre 2016 e 2024 revela uma trajetória de resiliência e inovação frente aos desafios constantes do setor: desde adversidades climáticas até oscilações no mercado global. Em meio a isso, o agricultor segue cultivando não apenas alimentos, mas também esperança, renda e futuro.

Valorizar o agricultor é uma atitude estratégica, que reforça a importância de políticas públicas voltadas para o acesso ao crédito, a assistência técnica, a sustentabilidade e a permanência das novas gerações no meio rural.

Barretos, com sua vocação produtiva consolidada, é exemplo de como o campo pode ser sinônimo de tecnologia, eficiência e prosperidade.