A importância do exame Papanicolau na prevenção do câncer de colo de útero
O Diário - 7 de maio de 2024

Beatriz do Carmo Miranda, estudante do 7º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Luiz Augusto Beltramin Martins
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O exame papanicolau é um método de rastreamento do câncer de colo de útero, terceiro câncer mais frequente em mulheres no Brasil. Também conhecido como exame preventivo, é um teste que detecta mudanças nas células do colo do útero, permitindo que o diagnóstico da doença seja feito logo no início, antes que a paciente tenha os sintomas típicos do câncer. Além disso, pode diagnosticar IST ‘s (infecções sexualmente transmissíveis), alterações causadas pelo vírus HPV, infecções e inflamações vaginais.
Trata-se de um exame indolor, rápido e simples. Pode causar certo incômodo, mas diminui se feito com delicadeza e boa técnica. O preventivo está indicado para mulheres que já tiveram vida sexual ativa e têm entre 25 e 59 anos, de modo a ser feito periodicamente. No início, deve ser feito anualmente, e após 2 exames seguidos com resultado normal (com intervalo de 1 ano), pode passar a ser feito a cada 3 anos. Ainda, a fim de garantir um bom resultado, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com preservativo) nos dois dias anteriores ao exame. Vale ressaltar que a mulher também não esteja menstruada para realização do teste.
Para a realização do preventivo, é realizada a introdução de um instrumento chamado espéculo na vagina (também conhecido como “bico de pato”) e o médico faz uma inspeção visual da parte interna da vagina e do colo do útero. Em seguida, o profissional coleta o material da superfície externa do colo do útero com uma espátula de madeira e da superfície interna com uma escovinha. Após esse passo, as células colhidas são colocadas numa lâmina e levadas para análise em laboratório.
Portanto, é essencial que os serviços de saúde e UBSs ofereçam o exame e orientem as mulheres sobre a importância do teste, em razão dos benefícios oferecidos por ele, visto que o diagnóstico das alterações e tratamento pode ser feito muito antes da progressão para o câncer.
Beatriz do Carmo Miranda, estudante do 7º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Luiz Augusto Beltramin Martins