A abertura da COP30, em Belém do Pará, coloca o Brasil no centro das atenções mundiais. Líderes de quase duzentos países discutem, até o dia 21 de novembro, caminhos para conter as mudanças climáticas. Mas enquanto as grandes decisões são negociadas na Amazônia, é nos municípios que a crise ambiental se manifesta com mais força e urgência.

Barretos é um exemplo claro dessa realidade. Em 6 de janeiro de 2022, uma forte chuva destruiu ruas, derrubou pontes e ceifou a vida de uma idosa levada pela enxurrada. Mais recentemente, no dia 2 de novembro deste ano, outro temporal provocou estragos e prejuízos à população, lembrando que eventos extremos tornaram-se cada vez mais frequentes.

Esses episódios mostram que o debate sobre o clima não é distante nem abstrato. Ele está nas enchentes, nas secas, na qualidade do ar e na saúde das pessoas. Os municípios precisam adotar políticas ambientais sérias, investir em drenagem urbana, arborização, gestão de resíduos e educação ambiental.

A COP30 deve inspirar Barretos e todas as cidades brasileiras a repensarem suas práticas e prioridades. O futuro do planeta depende de decisões globais, mas a mudança verdadeira começa em casa — no comprometimento de cada comunidade com um desenvolvimento mais sustentável e humano.