A missão do comunicador nos tempos atuais
O Diário - 1 de junho de 2025

A missão do comunicador nos tempos atuais
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Dia Mundial das Comunicações implica pontuar o papel do comunicador nos tempos atuais. O comunicador cristão é filho de Deus, que ama Jesus e o consolo do Espírito Santo. Um padre pode ser comunicador. Um comunicador não é padre. Comunicador não pode presidir missa, mas o padre pode comandar programa na televisão, rádio e internet. Comunicador não é padre, não é igreja, não é ordenado. Não é agente de pastoral. Não é funcionário da paróquia.
Em se considerando que a Igreja deve ser “um pequeno fermento de unidade, de comunhão, de fraternidade”, o comunicador é a massa, fomentador do diálogo, do debate e do encontro, o esclarecedor e o promotor do discernimento social. Comunicador é amor a Cristo e ao próximo. Ardor pela verdade e pela justiça. Não tem que defender os dogmas e parâmetros da igreja. Se tem denúncias contra religiosos, sacerdotes e bispos, não pode ser omisso, covarde ou indiferente. Tem que comunicar.
TV não é igreja. Rádio não é igreja. Jornal não é igreja. Mas também não é fake, não é blasfêmia, não é irresponsabilidade. O maior furo de reportagem da história tem 2 mil anos. E não teve nenhum jornalista, radialista, internauta ao vivo. A ressurreição é o grande milagre divino da vida humana. Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé.
A mensagem do Dia Mundial da Comunicação é uma herança espiritual do Papa Francisco, instruindo partilhar “com mansidão a esperança que está nos vossos corações". Não trocar missa por missão. Não trocar comunhão por comunicação. Formação por informação. Religião por ação. A Igreja é religião. A comunicação é ação.
O compromisso do comunicador nos tempos atuais é superar o paradoxo da grandeza e miséria, delicadeza e crueldade, espírito e barro, descobrindo no humano o divino. O comunicador cristão tem a esperança mansa no coração, em busca da paz, da verdade e da felicidade.