Em 2021, quase 10 milhões de paulistas entre 18 e 64 anos estavam envolvidos com um negócio próprio, um número que representa 31,4% do total da população adulta do estado. Esse desempenho deveu-se aos empreendedores estabelecidos – com mais de 36 meses de atividade –, cuja sobrevivência aumentou. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor São Paulo (GEM SP) 2022, a taxa desses empreendedores no Estado saltou de 10% em 2020 para 12,4% em 2021.

São os sobreviventes à pandemia do Covid-19. Ao permanecer em atividade, esses empreendedores mostraram a importância do amadurecimento da gestão e comprovam a eficácia de três “vacinas” disponibilizadas no período: maior acesso a crédito, ingresso em programas de auxílio e a implantação de tecnologias digitais – muito impulsionadas pelo Sebrae.

O estudo revelou também outro lado da moeda do empreendedorismo: a taxa de empreendedorismo inicial – com até 3,5 anos de atividade - apresentou uma leve redução de 21,2% (2020) para 19,2% (2021).

Os dados apontam um movimento do empreendedorismo paulista para os próximos anos: de um lado, os empreendedores por necessidade – 73% declararam que abriram um negócio para ganhar a vida. E de outro lado, dos estabelecidos, que agora precisam engrenar o processo de competitividade.

Necessidade ou oportunidade; sonho ou única saída. Não importa a motivação. Estamos atentos a essas duas grandes faces do perfil de empreendedorismo e temos promovido transformações para atender as diferentes demandas desses públicos, fornecendo orientação que permita aos empreendedores transpassar a ponte entre o sonho e o sucesso do negócio.

Neste ano, em que completamos 50 anos ininterruptos de apoio ao pequeno negócio, nosso compromisso continua sendo este: estar conectado às necessidades dos empreendedores, consolidando esses empreendimentos em pilares do processo de reconstrução sustentável.