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A pauta de cidadania e do consumidor

O Diário - 27 de abril de 2024

A pauta de cidadania e do consumidor

A pauta de cidadania e do consumidor

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Um barretense com mais de 60 anos foi na farmácia levando a receita médica buscar seu remédio de uso contínuo e tarja preta. Ao entrar na filial de uma rede conhecida tinha uma fila de espera. Após 20 minutos, chegou sua vez. A explicação foi objetiva e clara, justificando a demora porque “o sistema caiu”, seja lá o que isto significa efetivamente. Então a surpresa. O remédio prescrito pelo médico tinha acabado. A sugestão foi sincera: “procure outra unidade”. Era a solução providencial. A maratona em busca do medicamento deu certo na outra farmácia. Dois meses depois, no início da semana, o mesmo barretense voltou a farmácia para reposição das doses continuadas. Ao perceber que existia a mesma fila de espera de atendimento, resolveu ir indagar ao atendente se tinha o remédio, sem ter que esperar para descobrir. O funcionário com uniforme e crachá respondeu que não podia informar, porque seu sistema não estava interligado e não poderia deixar sua tarefa para ir verificar.

- Vou ter que esperar para saber? E se não tiver? – perguntou o barretense.

- Não posso fazer nada! Respondeu.

- Nem ir verificar? Indagou.

- Não – disse simplesmente, com ar revelando para o paciente: “eu não me importo se tiver que esperar e se não tiver o medicamento”.

O caso é real. Como encontrar uma solução dentro do sistema para atender a demanda de um país melhor. Até que ponto o paciente precisa vivenciar “a impaciência” para ter acesso a saúde, atendimento, remédio. Há casos na cidade em que a unidade básica administrada pela prefeitura não tem remédio, mas a unidade básica administrada em programa terceirizado fornece.

A questão da cidadania plena, dos direitos do consumidor barretense, o fortalecimento do cuidado com a vida e a saúde da comunidade são temas reais, urgentes e prioritários.