A promessa da imortalidade consola
O Diário - 29 de outubro de 2025
Rosa Carneiro é empresária, escritora e integrante da Academia Barretense de Cultura
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O Dia de Finados, deve ser um dia de oração, de homenagem cristã aos nossos entes queridos falecidos, e, também, um dia de reflexão sobre o mistério da morte e da ressurreição que marcam nossas vidas.
Assim falou Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim ainda que esteja morto viverá” (Jo 11, 24). Em outra passagem ele disse: “Todo aquele que crê em mim não morrerá para sempre” (Jo 11, 26). Na verdade Jesus está dizendo que não nascemos para morrer. Mas, morremos para viver. Portanto, a morte, para os que tem fé, não interrompe a vida. Não é passageira ilusão. Não é a destruição da vida. Mas, é o encontro com a plenitude da vida que está em Deus. Porquanto, Deus nos criou para a vida plena e não para a morte. Na verdade as pessoas que morrem vão para um lugar bem melhor do que o nosso. Elas descansam para sempre na paz, na alegria, no convívio dos anjos, dos santos, na plena e eterna felicidade que só encontramos na comunhão com Deus.
Para o cristão a morte é o começo de uma nova vida, realizando sempre o que de bom ele esperou e nem sempre conseguiu neste mundo. É o coroamento da vida. É a perfeita e plena realização humana e cristã. Na perspectiva cristã, a morte se torna bendita porque é nossa libertação. Assim reza a oração do prefacio dos mortos: Oh, Pai, para os que crêem em vós a vida não é tirada, mas transformada e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível e aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola”.
Porém, devemos lembrar que a vida eterna começa aqui e agora. Quem vive com Deus neste mundo viverá com Ele eternamente. Quem tem Cristo na sua vida, vai tê-Lo na outra vida. Quem vive no amor e na harmonia com seus irmãos, continuará na outra vida na plenitude do amor. Quem vive uma vida reconciliada e pacificada com seus irmãos, também, continuará na outra vida na perfeita reconciliação. Por isso, a hora de amar, de perdoar, de servir, de espalhar o bem é agora. Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje! Pois, o amanhã pode não acontecer! No momento do encontro final com Deus, de nada vale o dinheiro, o sucesso, o prestígio, a beleza, a fama etc. Porém, o que conta são nossas boas obras e a retidão do agir. Levaremos em nossa bagagem, o bem que realizamos ao longo da nossa vida.



