A política é uma ciência, exatamente porque soma uma gama enorme de conhecimentos, envolvendo sociologia e antropologia, psicologia e marketing, sem deixar de lado matemática, geografia e história. Barretos é uma típica cidade brasileira em que a política faz folclore e turismo, aventura e rodeio. Nelson James não era favorito nas pesquisas no início da campanha, mas venceu o pleito magistralmente. Uebe Rezeck era imbatível, até ser derrotado pelo sobrinho nas urnas. 

A política barretense tem seus segredos e mistérios, místicas e maravilhas, dúvidas e pragas, exigindo vivência e prática. Cada novo episódio da série não implica em novela mexicana, mas tem o típico enredo de seriado da Netflix. A mais recente produção envolve o vice prefeito Gustavo Sasdelli. Não é caso de apelar para Agatha Christie, mas tem todos os ingredientes de uma trama de Luiz Alfredo Garcia Rosa. Tudo envolve a data fatal de 6 de outubro de 2024. Até que ponto o atual vice somaria na chapa de campanha de reeleição é uma aposta que não se queria correr. Melhor tentar Cuiabano Lima numa composição de “novidade”, já projetando 2028 e a impossibilidade de um 3º mandato. Talvez Gustavo Sasdelli tenha sentido a estratégia e pensou em duas possibilidades: a) ser vice de um candidato terceira via, nem situação e nem oposição; b) ser o candidato ao executivo e auxiliar a prefeita na estratégia de proliferação de postulantes para diluição dos votos.

Política será sempre uma ciência de especulação. Mais ainda: não pode abrir mão da tecnologia e das pesquisas. Como uma nuvem no céu, ora aparece de uma forma, ora muda e tem outro formato. E nem sempre o que parece, na verdade é. Feio é perder. Ganhar é poder. O voto é sagrado. Em quem é segredo. 

Como todo bom espectador, o eleitor tem sempre que esperar o próximo capítulo.