A 1ª Vara Cível condenou um ex-funcionário do Instituto de Previdência do Município de Barretos e sua filha a devolverem solidariamente o valor de R$ 2.317.110,05 aos cofres públicos, valor que deve ser corrigido a partir de dezembro de 2014. A decisão foi proferida em ação movida pelo Instituto.

O juiz Ricardo Truite Alves também condenou ambos ao pagamento de multa civil - equivalente a uma vez o valor do dano; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público. O ex-servidor foi também condenado à perda da função pública. Cabe recurso da decisão em primeira instância.

CASO

O desvio de recursos do Instituto de Previdência do Município de Barretos (IPMB) foi noticiado e investigado a partir de janeiro de 2019, durante a gestão do ex-prefeito Guilherme Ávila.  O Ministério Público e a Polícia Civil investigaram o ex-servidor suspeito de fraudar o sistema de pagamentos do Instituto e desviar R$ 2,3 milhões dos cofres da autarquia nos últimos quatro anos.

Ele foi responsável pelo departamento de recursos humanos da autarquia por oito anos. Durante um período em que tirou licença da função, em outubro de 2018, um outro servidor substituto identificou a suposta fraude.

A investigação concluiu que o ex-servidor manipulava o sistema de pagamentos, em que benefícios de aposentados ou pensionistas que morreram e não deixaram dependentes, acabaram reativados, e os valores eram depositados em sua conta bancária e de sua filha.