Angolano aborda ancestralidade e resistência em palestra
Roberto José - 1 de novembro de 2025
Miguel Jorge disse que seu primeiro contato com o preconceito aconteceu no Brasil
Compartilhar
O Congresso Internacional da Cultura, Diversidade e Consciência Negra, realizado em Barretos, teve como um dos palestrantes o angolano Miguel Jorge, 31 anos, que abordou o tema “Ancestralidade e Resistência”. Formado em Assistência Social, ele conta que nasceu num país que tem mais de 90% da população negra, está há 3 anos no Brasil, onde cursa doutorado e mestrado na área da Assistência Social, na Unesp de Franca.
Ao ministrar a palestra disse que foi uma experiência muito boa para o seu crescimento pessoal e profissional. De acordo com o palestrante, a reflexão foi voltada na questão da assistência e também as formas de combate ao racismo. “Ao chegar no Brasil ainda me deparo com o modo de experiência com o racismo. Um país onde tem a maioria da população preta, mas o racismo está nas relações pessoais e profissionais. Para mim foi uma surpresa, porque até chegar no Brasil não tinha essa experiência do ponto de vista prático. E no Brasil passei a perceber o que significa ser uma pessoa negra, embora queiram não aceitar, mas o racismo ainda é muito presente no país”, afirmou Miguel Jorge.



