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Ansiedade ou estresse? 

O Diário - 8 de outubro de 2025

Ansiedade ou estresse? 

Suellen Cristine Pereira Caetano – estudante do 3º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Eduardo Marcelo Cândido

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A vida trouxe à sociedade moderna o estresse e a ansiedade como elementos constantes do cotidiano. Embora ambos sejam respostas naturais do organismo diante de situações de perigo ou desafio, é importante diferenciá-los, já que, em alguns casos, a intervenção profissional pode ser necessária. O estresse é uma reação natural do organismo a estímulos externos como ameaças, pressão ou sobrecarga. Excesso de trabalho, conflitos familiares e dificuldades financeiras são exemplos de alguns gatilhos desencadeadores do estresse. Nessas situações, o corpo libera “hormônios do estresse”, como o cortisol e a adrenalina, que preparam o organismo para reagir rapidamente. Essa resposta, essencial para a sobrevivência da espécie, costuma desaparecer quando o fator desencadeante é resolvido. Já a ansiedade ultrapassa os limites do tempo e caracteriza-se por uma sensação persistente de apreensão e medo, muitas vezes desproporcional à realidade. Suas causas variam, podendo estar ligadas a preocupações futuras – como uma prova ou uma decisão importante – ou surgir sem motivo aparente. Manifesta-se por sintomas físicos, como palpitações, sudorese, tremores, falta de ar e tensão muscular, além de alterações no sono, irritabilidade e dificuldade de concentração. Quando recorrentes e com impacto na rotina, configuram o transtorno de ansiedade, que exige avaliação especializada. É necessário observar sinais que indicam a necessidade de procurar um profissional da saúde. Destacam-se pensamentos negativos, sentimento de desesperança, ideias de autolesão, crises de ansiedade, medo excessivo, prejuízo nas atividades profissionais, acadêmicas ou sociais e dificuldades de convivência. O tratamento é individualizado, envolvendo psicoterapia e mudanças nos hábitos de vida, como atividade física, alimentação equilibrada e sono adequado. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação, sempre sob orientação médica. Cuidar da saúde mental é sinal de força e maturidade. Reconhecer a necessidade de ajuda é o primeiro passo para recuperar o equilíbrio emocional e a qualidade de vida.