A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, em que há a destruição e inflamação de cartilagens articulares pelo próprio sistema imunológico, como por exemplo nas articulações nos meios dos dedos (interfalangianas) e entre os dedos e a mão (metacarpofalangeanas). Atualmente, a causa da doença é desconhecida, contudo, por ser uma doença considerada autoimune, pode haver a predisposição genética juntamente da exposição a fatores externos desencadeantes (alterações hormonais, infecções e tabagismo). Nos dias de hoje, a condição afeta grande parte da população brasileira, iniciando-se geralmente entre os 40 anos de idade. Alguns dos sintomas mais frequentes são: rigidez articular matinal, dor local, vermelhidão, fraqueza dos membros e músculos, deformidades articulares, limitação de movimentos nas articulações e inchaço. O diagnóstico da condição é baseado nos sintomas, exames de sangue para fator reumatoide, radiografias e anticorpos antipeptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP). Após a enfermidade ser diagnosticada por um médico especialista (reumatologista), o tratamento mais adequado será indicado por ele. A intervenção pode ser composta por medicamentos (anti-inflamatórios, corticosteroides), fisioterapia, terapia ocupacional ou tratamento cirúrgico em casos mais graves. A fisioterapia é de extrema importância, já que atua diretamente nas alterações ósseas, fortalece a musculatura local, controla a lesão articular e ajuda o paciente a continuar exercendo suas atividades diárias. Infelizmente, o não tratamento da doença pode evoluir para doenças cardíacas, infecções gastrointestinais e mais comumente a síndrome de Felty (aumento do baço em pacientes com a forma crônica da artrite reumatoide). O acompanhamento médico é extremamente necessário durante o tratamento para avaliar a atividade da doença e os efeitos colaterais das medicações.

Larissa Bertaggia Giacomelli, estudante do 1º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Eduardo Marcelo Candido