O Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) consiste em graus variados de dano no desenvolvimento neurológico, trazendo alterações como comportamento repetitivo, comprometimento na fala, nas habilidades sociais e/ ou na comunicação não verbal. A forma como se apresenta é muito diversificada e sua gravidade difere dependendo do caso e, apesar de não haver cura, o diagnóstico precoce acompanhado de intervenções é capaz de minimizar os sintomas, melhorando a qualidade de vida tanto da criança como de sua família.

Dessa forma, torna-se importante estar atento ao comportamento da criança com a intenção de identificar possíveis características do autismo o quanto antes. Na maioria dos casos, os sinais tornam-se mais facilmente identificáveis entre o primeiro e o segundo ano de vida, por isso uma atenção redobrada nesta faixa etária pode auxiliar em um diagnóstico precoce. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), alguns dos sinais são: não se voltar para sons e vozes no ambiente, não apresentar sorriso social, ter mais interesse em objetos do que em pessoas, baixo contato ocular, ter pouca vocalização, não aceitar toque ou demonstrar irritação ao colo e apresentar reações incomuns à sons altos.

Na presença dessas características, é essencial buscar um profissional da saúde especializado para que uma avaliação seja feita e, caso o autismo seja confirmado, é essencial iniciar o tratamento, o qual consiste em diversas terapias para estimulação da criança, a fim de aumentar o potencial do desenvolvimento social e de comunicação e proteger o funcionamento intelectual. A complexidade e diversidade dos sinais dificultam sua detecção, logo, estar atento e procurar auxílio assim que houver suspeita é fundamental para que a estimulação ocorra mais cedo, visto que é nos primeiros anos de vida que o cérebro está em desenvolvimento e uma ação neste momento permite modulações e melhora nos sinais apresentados.